segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

As Profundezas do Novo Testamento


O Novo Testamento nos revela que o Deus Triúno tornou-se carne no Filho com o Pai por meio do Espírito Santo para ser um Homem. Como tal, Ele viveu nesta terra por trinta e três anos e meio, no entanto, Ele não viveu uma vida humana; viveu na vida humana. Ele viveu uma vida divina, a vida de Deus na vida humana. Então morreu na cruz como sete aspectos para por fim a todas as coisas negativas no universo e, para liberar todas as coisas positivas: como o Cordeiro de Deus que morreu para tratar com o nosso pecado e nossos pecados (Jo 1:29; 1Co 15:3); como um Homem na carne (Jo 1:14), morreu na forma de homem caído, na semelhança da carne do pecado (Rm 8:3), para tratar com a carne caída; como um homem na velha criação, morreu para crucificar nosso velho homem (Rm 6:6); Ele morreu também como uma serpente (Jo 3:14) para ferir a cabeça da serpente (Gn 3:15) e destruí-la (Hb 2:14) junto com seu mundo satânico (Jo 12:31), para que todos Seus crentes tivessem a vida eterna (Jo 3:15-16); como o Primogênito de toda a criação (Cl 1:15) morreu na cruz como parte da velha criação para terminar com toda a velha criação; também morreu como o pacificador (Ef 2:14-15) para abolir todas as ordenanças e as diferenças no viver, os costumes e os hábitos entre todo tipo de pessoas. Do lado positivo Ele morreu como um grão de trigo para liberar a vida divina (Jo 12:24). Ele morreu tal morte todo inclusiva na cruz, pela qual limpou todo o universo e liberou a vida divina para que nós a recebêssemos. Depois foi sepultado e ressuscitado. Ele entrou num novo reino, num novo universo, numa nova esfera. Nesta esfera Ele não mais estava na carne, mas tornou-se pneumático. Ele tornou-se o Espírito que dá vida. No final dos quatro Evangelhos tal Pessoa em Sua ressurreição soprou-Se como o Pneumático para dentro de Seus discípulos. Deste modo, Ele veio a ser a própria vida e essência intrínseca dos Seus discípulos. Estas são as profundezas reveladas nos quatro Evangelhos.
De Atos a Judas este Pneumático está sempre com Sua igreja. Ele é o Espírito, como o Filho, com o Pai — a própria consumação do Deus Triúno. Antes de Sua ressurreição, o título “o Pai, o Filho e o Espírito” em Mateus 28:19 nunca havia sido revelado ou usado. Tal título indica que o Deus Triúno foi completado e consumado, e esta consumação é o Espírito todo-inclusivo, composto, que dá vida e que habita interiormente. O Espírito, como o Filho, com o Pai, está em nosso interior para edificar a igreja o Corpo de Cristo como o reino de Deus e o templo de Deus como a casa de Deus.
Por fim, devido a degradação da igreja, este Espírito tem sido sete vezes intensificado. Portanto, em Apocalipse esta Pessoa torna-se os sete Espíritos que procedem do Eterno e do Redentor para ser a intensificação do Deus Triúno na igreja vencedora consumando nos candelabros de ouro nesta era e na Nova Jerusalém na eternidade vindoura para que Deus finalize Sua economia e tenha uma expressão corporativa pela eternidade. Estas são as profundezas da revelação do Novo Testamento. Todos nós devemos penetrar nessas profundezas; caso contrário, permaneceremos superficiais em nossa compreensão da revelação central do Novo Testamento.

Extraído do livro: A economia de Deus

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