sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Significado da Centralidade

Por que existem todas as coisas? Por que os anjos? Deus criou todas estas coisas acidentalmente? Ou foram criadas de acordo com o plano de Deus? Por que Deus escolheu homens, enviou profetas, deu o Salvador, concedeu o Espírito Santo, edificou a igreja e estabeleceu o reino? Por que levou a pregação do evangelho aos confins da terra para que os pecadores fossem salvos? Por que devemos alcançar os pecadores e firmar os crentes? Algumas pessoas consideram o batismo, o falar em línguas, o afastamento das seitas, a santidade, a guarda do sábado ou qualquer outra coisa como o ponto central. Mas qual é o ponto central de Deus? Deus opera tendo em mente um alvo definido. Mas qual é o alvo de nosso trabalho? Precisamos ter primeiro uma visão para poder estabelecer o alvo do trabalho. Se não percebermos a centralidade de Deus em nosso trabalho, ficaremos sem alvo. As verdades divinas estão todas organicamente relacionadas. Todas as verdades convergem para um ponto central. Alguns decidem centralizar o seu trabalho segundo inclinações pessoais e necessidades circunstanciais. Mas a predeterminação e a necessidade de Deus deveriam constituir o nosso centro. Qual é a centralidade de Deus? Qual é o fio que está entretecido através de todas as verdades divinas? Qual é a verdade global de Deus? Quem é o Senhor Jesus? Todos deveríamos responder que ele é o nosso Salvador. Mas bem poucos podem responder como Pedro: "o Cristo de Deus" (Lucas 9:20). O centro das verdades divinas é Cristo. A centralidade de Deus está em Cristo — "O mistério de Deus, Cristo", escreveu Paulo. Mistério é aquilo que está escondido no coração de Deus. Deus nunca tinha contado a ninguém por que criou todas as coisas, inclusive a humanidade. Durante muito tempo isto permaneceu um mistério. Mais tarde, entretanto, revelou este mistério a Paulo. E este mistério, explicou o apóstolo, é Cristo. O Senhor Jesus é o Cristo de Deus, como também o Filho de Deus. No momento da concepção o anjo Gabriel disse a Maria que a criança que nasceria era o Filho de Deus (Lucas 1:35), e na hora do nascimento um anjo do Senhor anunciou aos pastores que a criança recém-nascida era Cristo, o Senhor (Lucas 2:11). Pedro reconheceu Jesus como o Cristo, o Filho de Deus (Mateus 16:16). Por causa de sua ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor, foi declarado Filho de Deus (Romanos 1:4). Por causa do mesmo sinal foi feito Senhor e Cristo por Deus (Atos 2:36). Quando os homens crêem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, recebem vida em seu nome (João 20:31). Em si mesmo, quanto ao lugar que ocupa na divindade e de acordo com a obra de Deus, o Senhor Jesus é o Cristo de Deus porque foi ungido por Deus. De eternidade a eternidade, ele é o Filho de Deus. Ele se tornou o Cristo desde o momento em que o plano de Deus foi traçado. O propósito de Deus está centralizado em seu Filho, "para que em todas as cousas tenha primazia"; o plano de Deus também está centralizado em seu Filho para que Cristo seja "tudo em todos" (Colossenses 1:18, 3:11). Deus criou todas as coisas e a humanidade para a manifestação de sua glória. Hoje em dia os crentes estão manifestando muito pouco de Cristo. Mas um dia todas as coisas manifestarão Cristo porque todo o universo estará cheio dele. Ao criar todas as coisas Deus deseja que todas as coisas manifestem a Cristo. Ao criar o homem deseja que o homem seja como o seu Filho, tendo a vida do seu Filho e possuindo a glória do seu Filho, para que o seu Filho unigênito seja o primogênito entre seus muitos filhos. Deus criou e redimiu o homem, tudo por amor a Cristo. A redenção foi empreendida com o intuito de alcançar o alvo da criação. Cristo é o esposo e nós a noiva. Ele é a pedra de esquina e nós as muitas pedras vivas do edifício. Deus nos criou para satisfazer o coração de Cristo. Quando percebemos o relacionamento de Cristo conosco, damos graças. Quando percebemos o relacionamento de Deus com Cristo, damos louvores. A centralidade de Deus é realmente Cristo, pois todos os propósitos divinos centralizam-se nele.

Temos dois aspectos do propósito divino: 1) que todas as coisas possam manifestar a glória de Cristo e 2) que o homem possa ser igual a Cristo, tendo sua vida e sua glória.


Extraido do Livro: O Plano de Deus e os Vencedores

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