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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM LAODICÉIA [Parte V]
Apocalipse 3:14 – 22

“Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te”. As palavras faladas anteriormente são repreensões. Mas o Senhor nos mostra que nos repreende e disciplina desta maneira porque nos ama. Portanto, sejamos zelosos. Que devemos fazer? Arrepender-nos. Antes de tudo, devemos arrepender-nos. Arrependimento não é apenas uma questão individual; a igreja também deve arrepender-se.
“Eis que estou a porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”. Há muitas coisas nesta declaração. Que tipo de porta é esta? Muitos usam esse versículo para pregar o evangelho. Pode-se tomar emprestado esse versículo para pregar o evangelho; pode-se emprestar esse versículo aos pecadores; mas não deve ser tomado emprestado por muito tempo sem devolvê-lo. Esse versículo é para os filhos de Deus. Ele não se refere ao Senhor batendo a porta do coração de um pecador; esta porta é a do coração da igreja. Porque porta, aqui, está  no singular, o Senhor esta referindo-se à igreja. É realmente estranho que, sendo o Senhor a cabeça da igreja, ou, podemos dizer, a origem da igreja, contudo Ele está do lado de fora da porta da igreja, que tipo de igreja é esta?
O Senhor diz aqui: “Eis!” O Senhor diz isto para toda a igreja. A porta é a porta do coração da igreja. “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta”. Estas duas palavras – “Se alguém” – mostram-nos  que o abrir da porta é uma questão individual. Na bíblia, nas duas linhas em relação à verdade: uma é a linha do Espírito Santo, e a outra é a linha de Cristo; uma é subjetiva e a outra é objetiva; uma  refere-se à experiência , e a outra à fé. Se alguém dá muita atenção à verdade objetiva, então vamos vê-lo escalando nuvens e cavalgando nevoeiros, o que é impraticável. Se ele constantemente permanece do lado subjetivo, preocupando-se excessivamente com a obra interior do Espírito Santo, então olhará continuamente para o seu interior e tornar-se-á insatisfeito. Qualquer um que esteja buscando o Senhor deve ser equilibrado por ambos os lados da verdade. Um mostra-me  que sou perfeito em Cristo, e o outro mostra-me que o operar interior do Espírito Santo faz com que eu me torne perfeito. Filadélfia fracassou e tornou-se Laodicéia. O fracasso dela deveu-se ao excesso da verdade objetiva. Isto não quer dizer que não há nada da obra interior do Espírito Santo, mas no geral, há muito do aspecto objetivo. Em João 15, vemos o Senhor falando sobre ambos os aspectos. Ele diz: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”. “Cearei com ele e ele comigo”. O Senhor diz aqui: “Se você abrir a porta, Eu cearei com você”. Isso é comunhão e também é alegria. Então temos uma intima comunhão com o Senhor, bem como a alegria que brota de tal comunhão.

“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”. Dentre as promessas dadas aos vencedores nas sete igrejas, muitos dizem ser esta a melhor. Embora alguns gostem das outras promessas, muitos me têm dito que a promessa do Senhor a Laodicéia excede a todas. Anteriormente, na promessa aos vencedores, o Senhor não disse nada sobre si mesmo. Mas, aqui o Senhor diz:  se vencer, você ceará Comigo. Passei por todos os tipos de vitórias; por isso, estou assentado no trono com meu Pai. Você também deve vencer, assim poderá sentar no trono com meu Pai. Você também deve vencer, assim poderá sentar comigo em Meu trono”. O vencedor aqui tem uma promessa extraordinariamente elevada. Por que? Porque, então a igreja findará. O vencedor esta aguardando pela vinda do Senhor Jesus. Portanto, o trono é aqui.
Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM LAODICÉIA [Parte IV]
Apocalipse 3:14 – 22

Além disso, o Senhor diz: “vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez”. As vestiduras brancas se referem ao comportamento. A vestidura branca aqui é a mesma veste branca mencionada em diversos outros lugares em Apocalipse. O propósito de Deus é que eles não tenham contaminação, assim como a veste de Deus é branca. Deus os quer andando continuamente diante Dele. É impossível estar nu diante de Deus. No antigo testamento, nenhum homem poderia aproximar-se de Deus a não ser vestido. Quando os sacerdotes iam ao altar, a sua nudez não devia estar descoberta. O Capítulo 5 de 2 Corintios diz-nos: “se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus” (v.3.). Mas nesta passagem a questão não é estar vestido ou não, mas se a veste é branca ou não. O Senhor Jesus diz: “Quem der a beber ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão” (Mt 10:42). Esta é a veste branca. Podemos tratar os outros festivamente, contudo isso pode não ser “branco”. Se fizermos isso apenas com objetivo de manter a glória do nosso grupo, isso não será válido; se precede de um motivo ainda mais mesquinho do que  esse, menos válido será. Não é limpo o suficiente. O Senhor deseja que tenhamos um propósito e um motivo limpo ao trabalharmos para Ele. Há muitas atividades e muitos motivos que, uma vez que os tocamos, sentimos haver ali muitas impurezas; eles não são brancos. “A fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez”, de maneira que, quando você anda diante de Deus, você não seja uma vergonha.
A terceira coisa é: Colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas”. Aqui se diz colírio, não comprimidos. Comprar colírio para ungir seus olhos é ter a revelação do Espírito Santo, então seremos considerados como quem vê. Conhecer muitas doutrinas, pelo contrario, pode resultar em decréscimo da revelação do Espírito Santo. Muitas vezes, a doutrina é a transmissão do pensamento de um para o outro; contudo, os olhos espirituais não vêem. Muitas pessoas estão andando na luz dos outros. Muitos irmãos maduros falam de certa maneira, então, você fala daquela maneira também. Alguns dizem: fulano me falou”; se não houvesse fulano para falar-lhe, não saberiam o que fazer. Recebemos doutrina do ensinamento dos homens, não do Senhor Jesus. O Senhor Jesus diz aqui que isso não funcionará; você precisa ter a revelação do Espírito Santo. Não posso escrever uma carta a um amigo, pedindo-lhe que ouça o evangelho por mim, para que eu possa  ser salvo. Igualmente, qualquer coisa recebida das mãos humanas está esgotada quando chega a nós; não tem nada que ver com Deus. De acordo com a bíblia isto é cegueira. A não ser que toquemos no Espírito Santo, não conseguiremos lidar com coisas espirituais. A questão não é quando ouvimos; muitas vezes é somente um aumento de doutrina, um aumento de conhecimento. Porém, sem nada ver de Deus. Assim precisamos aprender uma coisa diante de Deus – temos de comprar colírio. Somente ver por nós mesmo é realmente ver. Ver é a base daquilo que já foi ganho e é a base para ver de novo.
Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM LAODICÉIA [Parte III]
Apocalipse 3:14 – 22

Pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de cousa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. O que eles dizem é realmente quase verdade: “Estou rico e tenho adquirido riquezas e não preciso de nada”! Na verdade, eles são maravilhosos diante de Deus. Eles têm motivo para gloriar-se. Reconhecemos que há muitas coisas no meio deles das quais eles podem gloriar-se. Mas é melhor deixar que os outros sintam isso e não nós mesmo; deixe que os outros saibam disso, não nós. É realmente bom se os outros falarem; mas nós falarmos, não é bom. Não devemos orgulhar-nos de coisas espirituais, uma vez que você se orgulha delas, elas se desvanecem. A face de Moises brilhava, contudo ele próprio não tinha consciência disso. Todo aquele que sabe que sua face está brilhando perderá o brilho dela. Se você não sabe que está crescendo, você é abençoado. Há muitos que têm muita clareza sobre sua própria condição, mas, na verdade, não têm nada. Se você tem autoridade espiritual, tudo bem, mas se você sabe que tem autoridade espiritual, isso não está bem. Os de Laodicéia estão bons demais na avaliação de si mesmos; eles têm demais. Como resultado, aos olhos de Deus, eles são cegos, pobres, nus. Essa é a razão por que devemos aprender uma lição. Laodicéia está clara demais a respeito de suas riquezas. Desejamos crescer, contudo, não queremos nós mesmos saber disso.
O Senhor diz:”Tu és(...) miserável”. A palavra miserável aqui é o mesmo que a palavra miserável (NVI) usada por Paulo em Romanos 7. O que o Senhor diz aqui: Você é como Paulo em Romanos 7 – do lado espiritual, é infeliz, confuso, você não é nem uma coisa, nem outra, e aos olhos dos Senhor você é miserável”. Nas palavras seguintes, o Senhor aponta três razões para mostrar porque eles são infelizes e miseráveis: eles são pobres, são cegos e são nus.
Sobre a pobreza o Senhor diz: “Aconselho-se que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres”. Embora eles sejam ricos em doutrinas, contudo o Senhor os vê como sendo pobres. Eles precisam ter fé viva; do contrário, a palavra de Deus é inútil para eles. O fracasso e a fraqueza deles devem-se ao fato de que sua fé se foi. Pedro diz que o ouro provado pelo fogo é fé em provação (1Pe 1:7). Nos dias em que a palavra ministrada  é pobre, você deve orar. Quando a palavra aumenta, você precisa misturar a fé com a palavra que tem ouvido. Você deve passar por todo tipo de provação para que as palavras que tem ouvido sejam úteis de maneira prática. Assim, você precisa comprar ouro provado pelo fogo. Você deve aprender a confiar, mesmo em tribulação; então, você será realmente rico.

Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM LAODICÉIA [Parte II]
Apocalipse 3:14 – 22

Aqui o Senhor fala de Si mesmo como “o amém, a testemunha fiel e verdadeira, o principio da criação de Deus”. O Senhor é o amém. Amém significa tudo bem; quer dizer assim seja. Então, Ele cumprirá tudo, e nada será em vão. O Senhor Jesus na terra estava testificando a obra de Deus. Entre os diversos seres e coisas criadas por Deus, o Senhor é o Cabeça.
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quente e nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. Sardes é viva no nome, mas morta em realidade; Laodicéia não é quente, nem fria. Para Éfeso, o Senhor disse: “Moverei o seu lugar o teu candeeiro”; para Laodicéia: “Estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. O Senhor não os usará novamente; eles não são mais o amém. O problema é que eles não são nem frios nem quentes. Estão cheios de conhecimento, contudo carentes de poder. Quando eram quentes, eles eram Filadélfia; mas agora estão mais frios do que antes. Uma vez que Filadélfia cai, ela se torna Laodicéia. Somente as pessoas de Filadélfia podem cair a tal ponto.
“Pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de cousa alguma”. O Senhor mostrou-nos que uma Filadélfia orgulhosa é Laodicéia, e Laodicéia é uma Filadélfia decaída. Conseqüentemente, em muitos lugares as reuniões deles tiveram problemas de comportamento e ensinamento. A característica principal de Laodicéia é o orgulho espiritual. O Senhor já cumpriu para nós o que diz respeito ao lado histórico.
Hoje, podemos encontrar Filadélfia e também Laodicéia. Ambas são bastante parecida em sua posição como igreja. A diferença é que Filadélfia tem amor, enquanto Laodicéia tem orgulho. Não há diferença na aparência exterior; a única diferença é que Laodicéia é uma Filadélfia orgulhosa. Não queremos relatar muitas coisas sobre eles. Apenas quero dar algumas ilustrações. Um irmão entre eles certa vez disse: “Existe algo espiritual que não possa ser encontrado entre nós”? Certo irmão, após ver uma nova revista, disse: “Que novidade ela pode dar-nos? Há alguma coisa que não temos”? E ele fechou a revista sem ler mais. Outro irmão disse: “Uma vez que o Senhor tem nos dado maior luz, devemos estar satisfeitos; lermos o que os outros têm escrito é perda de tempo”. Outro disse: “Que é os outros têm que nós não temos, e o que nós temos pode ser que os outros não tenham”. Quando ouvimos este tipo de falar, imediatamente lembramo-nos do que o Senhor diz aqui a respeito dos que dizem: “Estou rico”. Oh! Quão  cuidadoso precisamos ser para que não nos tornemos Laodicéia!

Extraído do livro: A ortodoxia da igreja

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM LAODICÉIA [Parte I]
Apocalipse 3:14 – 22


Laodicéia, assim como as outras igrejas, tem um significado especial em seu nome. Este é composto de duas palavras: laos, significando leigos (laicato ou povo comum), e edicea, que pode ser traduzido para costumes ou opiniões. Então, Laodicéia significa os costumes dos leigos ou as opiniões. Então, Laodicéia significa os costumes dos leigos ou as opiniões do povo comum. Aqui vemos muito evidente o significado – a igreja fracassou, pois voltou ao nível de acatar opiniões e costumes dos leigos. Em Filadélfia o que vemos são irmãos e amor uns pelos outros. Mas, em Laodicéia, o que vemos aqui são leigos, opiniões e costumes.
Temos de ter em mente que se os filhos de Deus não permanecerem na posição de Filadélfia, eles cairão e fracassarão, porém não retornarão a Sardes. Uma vez que, uma pessoa tenha visto a verdade dos irmãos, ela não voltará às igrejas protestantes, mesmo que queira. O resultado é que, uma vez que não seja capaz de permanecer firmemente em Filadélfia, ela retrocederá para tornar-se, como vemos aqui, Laodicéia. O que saiu de Filadélfia é chamado Laodicéia. Sardes provém de Tiatira, e Filadélfia provém de Sardes; do mesmo  modo, Laodicéia sai de Filadélfia. Os filhos de Deus hoje cometeram um engano, isto é, sempre que vêem uma igreja denominacional, cuja condição é errada, eles dizem que esta é Laodicéia.  Isto esta errado. Uma igreja denominacional é Sardes, não Laodicéia. As diferentes denominações são as igrejas protestantes. As denominações não estão qualificadas para tornar-se Laodicéia. A condição  de Laodicéia não é a condição de Sardes. Somente quem já provou a boa qualidade de Filadélfia e agora está caído é Laodicéia. Aquela que realmente não tem muito é Sardes; aquela que não preserva as riquezas espirituais que estão no Espírito Santo torna-se Laodicéia.
Que tipo de queda é essa, então? Começando por Éfeso, vemos anormalidade no meio da normalidade. Em Pérgamo, vemos ensinamento de Balaão. Em Tiatira, vemos Jezabel: portanto, a classe mediadora tem aqui sua raiz. Sardes deu-nos uma bíblia aberta, mas a própria Sardes criou outra classe mediadora. Em Filadélfia, vemos somente irmãos; a classe que domina o laicato já não existe. Todos voltaram à palavra do Senhor para obedecer a ela e obedecer ao que o Espírito Santo tem falado por meio da palavra. Mas um dia, por não permanecer na posição de irmãos que recebem a disciplina do Espírito Santo; o Espírito Santo exerce autoridade por meio da palavra e do Nome, e todos são irmãos amando uns aos outros. Agora, nem é o Espírito Santo exercendo a autoridade nem é o sistema pastoral, mas os leigos. Que queremos dize por leigos exercendo autoridade? Queremos dizer o exercício da autoridade da maioria. A opinião da maioria é a opinião aceita; uma vez que a maioria  esteja a favor, está tudo bem. Esta é a Laodicéia. Em outras palavras não são os padres que dominam, nem os pastores, nem o Espírito Santo, mas é a opinião da maioria que conta. Aqui, não são irmãos, mas homens. Laodicéia não se posiciona na posição de irmão; antes, são homens que estão aqui concordando com a vontade da carne. Todos levantam a mão, e isto é tudo. Devemos conhecer a vontade de Deus e examinar Filadélfia de acordo com a vontade de Deus. Sempre que não existir amor fraternal, mas somente as opiniões dos homens de acordo com a carne, então encontramos Laodicéia. 

Extraído do livro: A Ortodoxia da Igreja

sábado, 9 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM FILADÉLFIA [Parte V]
Ap 3:7-13; Mt 23:8-11; Jo20:27; 1Co 12:13; Gl 2:28

“Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”. O Senhor fala à igreja em Filadélfia sobre a porta aberta. Os homens freqüentemente dizem que se você andar de acordo com as escrituras, a porta será logo fechada. A mais difícil barreira a ultrapassar ao submeter-se ao Senhor é o fechamento da porta. Mas aqui, na verdade, há uma promessa: ”Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”. 
“Eis que farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmo se declaram judeus, e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés, e conhecer que Eu te amei”. Já vimos pelo menos quatro coisas as quais têm feito o cristianismo tornar-se judaísmo: os sacerdotes mediadores, a lei de letras, o templo material e as promessas terrenas. Que diz o Senhor? “Eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés”. 
“Porque guardaste a palavra da minha perseverança”. Isso será relacionado com “companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus”, em Apocalipse 1. Perseverança aqui é usada como um substantivo. Hoje é tempo da perseverança, em Jesus”, em Apocalipse 1. Perseverança aqui é usada como um substantivo. Hoje é tempo da perseverança de Cristo. Hoje o Senhor encontra muitos que escarnecem Dele, mas Ele é perseverante. Um dia, o julgamento virá, mas hoje Ele é perseverante. Sua palavra hoje é a palavra da perseverança. Aqui Ele não tem reputação, Ele é uma pessoa humilde, ainda um nazareno, ainda o filho de um carpinteiro. Quando seguimos o Senhor, Ele diz: Guarda a palavra da minha perseverança”.
“Também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”. Podemos usar Tchankim como ilustração: Dizer que o guardarei do bombardeio significa que você estará em Tchankin, mas será guardado do bombardeio. Se digo o guardarei da hora, isto significa que antes daquela hora você acabou de partir para Chengtu. Quando o mundo todo estiver sendo testado – se refere à grande tribulação – não enfrentaremos a tribulação. Antes que aquela hora chegue, já teremos sido arrebatados. Em toda a bíblia há somente duas passagens que fala da promessa do arrebatamento: Lucas 21:36 e Apocalipse 3:10. Hoje devemos seguir o Senhor, não viver frouxamente, aprender a viver no caminho de Filadélfia e pedir ao Senhor para livrar-nos de todas as provações que vêm.


              Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM FILADÉLFIA [Parte IV]
Ap 3:7-13; Mt 23:8-11; Jo20:27; 1Co 12:13; Gl 2:28

“Conheço as tuas obras (...) que tens pouca força”. Quando chegamos neste ponto, nossos pensamentos espontaneamente retornam ao tempo da volta de Zorababel, sobre quem certo profeta disse: “Pois quem despreza o dia dos humildes começos” (Zc 4:10). Não despreze o dia das pequenas coisas, isto é, o dia da edificação do templo. Nas escrituras há uma grande prefiguração da igreja – a do templo. Quando Davi reinava, o povo de Deus era unido. Mais tarde, eles se dividiram em reino de Judá e reino de Israel. Os filhos de Deus começaram a dividir-se e, ao mesmo tempo, começaram a idolatria e a prostituição. Como resultado, foram capturados e levados para a Babilônia. Todos reconhecem que o cativeiro na Babilônia tipifica Tiatira, a igreja católica romana. Desde que a bíblia faz da Babilônia um símbolo de Roma, então também a igreja tem um cativeiro babilônico. Que fez o povo de Deus quando retornou do seu cativeiro? Eles voltaram debilmente, grupo por grupo, e edificaram o templo. Parece que eles tipificaram o movimento dos irmãos (ver parte II). Havia muitos judeus, os mais velhos, que viram o templo antigo; agora eles viam com os próprios olhos o estabelecimento do fundamento do templo e choravam em alta voz, porque o templo era inferior em glória se comparado com aquele do tempo de Salomão. Contudo, Deus falou por intermédio do profeta menor, dizendo? Não despreze o dia das pequenas coisas, porque este é o dia da restauração”. Aqui, o Senhor diz as mesmas palavras: “tens pouca força”. O testemunho da  igreja hoje no mundo, comparado com os dias de Pentecoste, é realmente o dia das pequenas coisas.
Guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome”. O Senhor os reconhece por duas coisas: não negar o nome do Senhor e não negar a Sua palavra. O Senhor diz: “Não negaste o meu nome”. Desde 1825, os irmãos diziam que somente seriam chamados de cristãos. Se alguém lhes perguntasse quem eram eles, eles diriam: Eu sou cristão”. Mas se alguém perguntar a um membro  da igreja metodista, ele dirá: eu sou um metodista; se encontrar alguém da igreja dos amigos, ele dirá: eu pertenço a igreja dos amigos; alguém da igreja luterana dirá: eu sou luterano; alguém da igreja batista dirá: eu sou batista. Além de Cristo, os homens ainda usam muitos nomes pelos quais se autodenominam a si mesmos. Mas os filhos de Deus têm um único nome pelo qual chamam a si mesmo. O Senhor Jesus diz: Orai em Meu nome” e “Reunidos em Meu nome”. Temos somente o nome do Senhor. Whitefield disse: “Seja todos os outros nomes abandonados; seja somente o nome de Cristo exaltado”.
Certa vez encontrei um crente num trem, que me perguntou que tipo de cristão eu sou. Respondi-lhe que sou apenas um cristão. Ele disse: “Não há tal cristão no mundo. Dizer que você é um cristão não significa nada; você tem de dizer que tipo de cristão você é. Isso é que faz sentido”. Repliquei-lhe: “Eu sou simplesmente um homem que é cristão. Você diz que um homem ser cristão não significa nada? Que tipo de cristão você diria que faz sentido ser? Quanto a mim, só posso ser um cristão – nada mais”. Naquele dia tivemos uma conversa muito boa.
Devemos observar uma coisa: o pensamento fundamental de muitas pessoas é que o nome do Senhor não é suficiente. Muitos pensam que precisam do nome de uma denominação; eles acham que devem ter outro nome além do nome do Senhor. Não considere que nossa atitude em relação a isso seja exagerada demais. Aqui o Senhor diz: “Não negaste o meu nome”. Se o meu sentimento está correto, todos os outros nomes são uma vergonha para Ele. Esta palavra “negaste” é a mesma palavra usada para referir-se à negação de Pedro ao Senhor. Que tipo de cristão sou eu? Eu sou um cristão. Não quero ser chamado por outro nome. Muitos não querem honrar o nome de Cristo e não estão dispostos a serem chamados apenas de cristãos.

Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM FILADÉLFIA [Parte III]
Ap 3:7-13; Mt 23:8-11; Jo20:27; 1Co 12:13; Gl 2:28

Agora, observemos Apocalipse 3:7: “Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve”. Filadélfia é amor fraternal. Por que o Senhor louva Filadélfia? Ele diz que ela é amor fraternal; assim, a posição mediadora foi completamente anulada.
Em Cristo não há homem nem mulher, em Cristo não há irmãs. Somos irmãos, não irmãs. Então, as irmãs perguntarão: Quem somos nós? Somos todos irmãos. Por que somos irmãos? Porque todos temos a vida de Cristo. Hoje há muitos homens no mundo, mas eles não são nossos irmãos. Um homem é um irmão, não porque é um homem, mas porque há nele a vida de Cristo. Desde que eu também tenha a vida de Cristo em mim, somos irmãos. Quando ressuscitou e estava para ascender aos céus, o Senhor disse: “Subo ao meu Pai, vosso Pai” (Jo 22:17). Em João 1, Ele é o Filho unigênito de Deus; em João 20, Ele é Filho primogênito e todos nós somos irmãos. Pela morte e ressurreição, o Filho unigênito de Deus tornou-se o Filho primogênito. Podemos ser irmãos porque recebemos Sua vida. Porque todos temos recebido a vida de Cristo, somos todos irmãos. Um homem é um irmão porque recebeu a vida de Cristo; uma mulher é um irmão porque também ela recebeu a vida de Cristo. Ambos, homens e mulheres, todos receberam a mesma vida; então, todos são irmãos. Todas as  epístolas foram escritas aos irmãos, não ás irmãs. Por causa desta vida todos nos tornamos filhos de Deus. Todos “filhos” e “filhas” no novo testamento deveria ser traduzido  como “filhos”. Além da menção em 2Corintios 6:18, Deus não tem “filhos” e “filhas”. Em Cristo todos estão na posição de irmãos. Em Xangai havia um irmão que era pedreiro. Certa vez eu esta lá, eu lhe disse: Vá e chame algum irmão para entrar”. Ele replicou: “Você quer que eu chame os irmãos masculinos ou os irmãos femininos”? Este foi um homem ensinado por Deus. Dirigimos-nos às irmãs, quando nos dirigimos a indivíduos, mas em Cristo não há distinção entre homem e mulher.
Na igreja também não há escravo nem livre. Não é porque alguém é um mestre, que a vida que ele recebeu é maior, ou porque eu sou um escravo, portanto a vida que recebi é menor. No passado, lembro-me que certo irmão me disse: “Os locais de reuniões têm um aspecto pobre. É melhor prepararmos um lugar especialmente para a pregação aos oficiais do governo”. Repliquei: “Que você colocaria sobre a placa?” Esta não seria a igreja de Cristo, seria a igreja dos oficiais e da alta sociedade. Quando vimos para igreja, não há oficiais nem alta sociedades. Na igreja todos são irmãos. Quando nossos olhos forem abertos pelo Senhor, veremos que estar acima dos outros é uma glória no mundo, mas na igreja não há tal distinção.
Paulo diz que em Cristo não há grego nem judeu, escravo ou livre, homem ou mulher. A igreja posiciona-se não na distinção, mas no amor fraternal.
Esta passagem é igual a outra nas quais o Senhor mencionou Seu próprio nome; aqui Ele diz: “Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abrirá”. Santidade é Sua vida, Ele próprio é santidade. Ele é a verdade diante de Deus; Ele é a realidade de Deus, e a realidade de Deus é Cristo. Sua mão segura a chave. O Senhor diz que Ele é Aquele que “abre e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abrirá”.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM FILADÉLFIA [Parte II]
Ap 3:7-13; Mt 23:8-11; Jo20:27; 1Co 12:13; Gl 2:28

 Em 1825, em Dublin, capital da Irlanda, houve muitos crentes cujo coração foi movido por Deus para amar todos os filhos do Senhor, não importando em qual denominação estivessem. Este tipo de amor não foi frustrado pelo muro da denominação. Eles começaram a ver que a Palavra de Deus diz que há apenas um Corpo de Cristo, não obstante em quantas seitas os homens possam dividi-lo. Eles continuaram lendo as Escrituras e viram que o sistema de um homem administrando a igreja e de um homem pregando não é bíblico. Então eles começaram a reunir-se cada domingo para partir o pão e orar. O ano de 1825 foi – após mais de mil anos de igreja católica romana e varias centenas de anos de igrejas protestantes – a primeira vez em que houve um retorno à adoração simples, livre e espiritual conforme as Escrituras. No início eram duas pessoas, mais tarde, quatro ou cinco.
Esses crentes, aos olhos do mundo, eram inferiores e desconhecidos. Mas eles tinham o Senhor no meio deles e a consolação do Espírito Santo. Eles permaneceram sobre a base de duas claras verdades: primeiramente, que a igreja é o Corpo de Cristo e que este Corpo é apenas um; em segundo lugar, no Novo Testamento não havia sistema clerical. Portanto, todos os ministros da Palavra estabelecidos pelos homens não são bíblicos. Eles acreditavam que todos os verdadeiros crentes são membros deste único Corpo. Recebiam calorosamente todos os que vinham para o seu meio, não importando a que denominação pertencessem. Não tinham preconceito contra qualquer seita. Eles criam que todos verdadeiros crentes têm a função de sacerdote; portanto todos podem entrar livremente no santo dos santos. Eles também acreditavam que o Senhor ascenso concedera diversos dons à igreja para aperfeiçoamento dos santos, para a edificação do Corpo de Cristo. Portanto, eles foram capazes de renunciar aos dois pecados do sistema clerical – oferecer sacrifícios e pregar a Palavra. Estes princípios capacitaram-nos a dar boas-vindas a todos os que estão em Cristo como seus irmãos e a estarem abertos a todos os ministros da Palavra ordenados pelo Espírito Santo para servir.
Durante essa época, havia um clérigo na Igreja Anglicana, chamado John Nelson Darby, que estava muito insatisfeito com a posição de sua própria igreja, acreditando que ela não era bíblica. Ele também se reunia freqüentemente com os irmãos, embora nesta época ele ainda usasse as vestes do clero e fosse um clérigo da Igreja Anglicana. Era um homem de Deus, um homem de grande poder e um homem disposto a sofrer. Ele também era um homem espiritual que conhecia Deus e a Bíblia, e julgava a carne. Em 1827 ele, oficialmente, deixou a Igreja Anglicana, tirou o uniforme de clérigo e tornou-se um simples irmão, reunindo-se com os irmãos. Originalmente o que os irmãos viram foi um tanto limitado, mas quando Darby oficialmente juntou-se a eles, a luz do céu verteu como uma torrente. Em muitos aspectos a obra de Darby foi parecida com a de Wesley, mas suas atitudes em relação à Igreja Anglicana foram diferentes. No século anterior, Wesley sentiu que não poderia ter paz deixando a igreja estatal; um século mais tarde, Darby sentiu que não poderia ter paz continuando na Igreja Anglicana. Mas quanto ao zelo, à sinceridade e à fidelidade, eles foram muito parecidos em muitos aspectos.
Foi neste mesmo ano que J. G. Bellet também compareceu às reuniões. Ele também era um homem extraordinariamente profundo e espiritual. Essas reuniões, que eram simples, contudo bíblicas, comoveram-no profundamente. A respeito da condição nessa época, ele disse:
Um irmão acabou de dizer-me que ficou óbvio nas escrituras que os crentes reunindo-se juntos, como discípulos de Cristo, eram livres para partir o pão juntos, como  Seu Senhor os advertira; e que, até onde a prática dos apóstolos pode ser um guia, todo domingo deve ser separado para assim lembrar a morte do Senhor e obedecer o que Ele exigiu ao partir”.
Em outra ocasião J.G. Bellet disse:
Caminhando certa ocasião com um irmão, enquanto descíamos a rua Lower Pmbroke, ele me disse: ‘Não tenho dúvidas de que este é o propósito de Deus com relação a nós – devemos estar juntos com toda simplicidade como discípulos, não servido em qualquer púlpito ou ministério, mas confiando que o Senhor nos edificará ministrando, uma vez que Ele se agradou de nós e nos viu com bons olhos.’ No momento em que ele falou estas palavras, fiquei certo de que minha alma recebeu o entendimento correto, e aquele momento eu lembro como se fosse ontem, e posso descrever-lhe o lugar. Foi o dia da grande revelação da minha vida, permitam-me falar assim, como um irmão.”
Foi assim que os irmãos gradativamente prosseguiam, recebiam revelação e viam a luz.
Depois de um ano, em 1828, Darby publicou um livrete chamado A Natureza e a Unidade da Igreja de Cristo. Este livrete foi o primeiro entre milhares de livros publicados pelos irmãos. Neste livro, Darby declara claramente que os irmãos não tinham intenção de fundar uma nova denominação ou união de igrejas. Ele disse:
“Em primeiro lugar, não é uma união formal dos grupos publicamente conhecido que é desejável; realmente é surpreendente que protestantes ponderados possam desejá-la: longe de estar fazendo o bem, creio que seria impossível que tal corpo fosse pelo menos reconhecido como a igreja de Deus. Seria uma cópia de unidade da Católica romana; perderíamos a vida da igreja e o poder da palavra, e a unidade da vida espiritual seria totalmente eliminada (...) A unidade verdadeira é a unidade do Espírito, e ela deve ser trabalhada pelo operar do Espírito (...) Nenhuma reunião, que não concebe incluir todos os filhos de Deus na base completa do reino do Filho, consegue encontrar a plenitude da benção, porque ela não a contempla - porque a sua fé não a inclui (...) Onde dois ou três estão reunidos em Seu nome, Seu nome é lembrado ali para benção (...)”.
“Além do mais, unidade é a glória da igreja; mas a unidade para assegurar e promover nossos próprios interesses não é a unidade da igreja, mas uma confederação e negação da natureza e esperança da igreja. A unidade, que é da igreja, é a unidade do Espírito e somente pode estar nas coisas do Espírito; e, portanto, só pode ser aperfeiçoada nas pessoas espirituais”
“Mas que deve fazer o povo do Senhor? Deixe-os esperar no Senhor, e esperar de acordo com o ensinamento do Seu espírito, e em conformidade à imagem, pela vida do Espírito, do Seu Filho. Deixe-os seguir seu caminho pelas pegadas do rebanho, se quiserem saber aonde o bom pastor alimenta Seu rebanho ao meio-dia”.
Em outro lugar Darby disse:
“Porque a nossa mesa é a mesa do Senhor, não a nossa, recebemos todos os que Deus recebe, todos pobres pecadores fugindo para o Senhor como refúgio, não descansando em si mesmo, mas somente em Cristo”.
Foi neste mesmo tempo que Deus operou simultaneamente na Guiana Inglesa e na Itália, levantando o mesmo tipo de reuniões. Em 1829 havia também reuniões na Arábia. Em 1830, em Londres, Plymouth e Bristol, na Grã-Bretanha também havia reuniões. Mais tarde, muitos lugares no Estados Unidos tinham reuniões, e no continente da Europa havia também muitas reuniões. Não muito depois, em quase todo lugar no mundo, todos os que amavam o Senhor estavam se reunindo desta maneira. Embora não houvesse união exterior, contudo todos foram levantados pelo Senhor.
Uma característica que marcou o aparecimento desses irmãos foi que aqueles que tinham títulos e domínio abandonaram seus títulos e domínio, os com posição abandonaram a posição, aqueles que tinham diplomas rejeitaram seus diplomas, e todos abandonaram qualquer classe ou posição mundanas na igreja e  se tornaram, simplesmente, discípulos de Cristo e irmãos uns dos outros. Exatamente como a palavra padre é largamente usada na igreja católica romana e reverendo nas igrejas protestante, assim a  palavra irmão é comumente usada no meio deles. Eles foram atraídos pelo Senhor e, então, reuniam-se; por causa do amor deles pelo Senhor, eles espontaneamente amavam uns aos outros.
Com o passar dos anos, entre estes irmãos Deus deu muitos dons para Sua igreja. Alem de J. N. Darby e J. G. Bellet, Deus também concedeu ministérios especiais para muitos irmãos para que Sua igreja pudesse ser suprida. George Muller, que estabeleceu um orfanato, restaurou a questão de orar com fé. Durante a sua vida, ele recebeu 1.500.000 vezes respostas de orações. C. H. Mackintosh, que escreveu as notas sobre o Pentateuco, restaurou o conhecimento dos tipos, as prefigurações. D. L. Moody disse que se todos os livros do mundo inteiro fossem queimados, ele ficaria satisfeito em ter apenas uma cópia da bíblia e uma coleção das notas de C. H. Mackintosh sobre o Pentateuco. James G. Deck deu-nos muitos bons hinos. George Cutting restaurou a certeza da salvação. Seu livrete “segurança, certeza e desfrute” teve trinta milhões de cópias vendidas em 1930; além da bíblia este foi o livro mais vendido. William Kelly foi um expositor; ele foi descrito por G. H. Spurgeon como aquele que tinha a mente tão grande quanto o universo. F.W. Grant foi o mais entendido sobre a Bíblia nos séculos dezenove e vinte. Robert Anderson foi o homem que melhor conheceu o livro de Daniel recentemente. Charles Stanley foi quem melhor levou as pessoas à salvação pregando a justiça de Deus. S. P. Tregelles foi o famoso filologista do Novo Testamento. A história da igreja por Andrew Miller foi a mais bíblica entre as muitas histórias da igreja. R. C. Champman foi um homem grandemente usado pelo Senhor. Estes foram os irmãos daquela época. Além desses, se fôssemos contar minuciosamente outros entre os irmãos, o número de todos os que foram muito usados pelo Senhor ultrapassaria de mil.
Agora veremos o que esses irmãos nos deram: eles nos mostraram quanto o sangue do Senhor satisfaz a justiça de Deus; a certeza da salvação; como o mais fraco crente pode ser aceito em Cristo, assim como Cristo foi aceito, e como crer na Palavra de Deus como a base da salvação. Desde que começou a história da igreja, nunca houve um período em que o evangelho tenha sido mais claro do que naquela época. Além disso, também foram eles que nos mostraram que a igreja não pode ganhar o mundo inteiro, que a igreja tem um chamamento celestial e que a igreja não tem esperança terrena. Foram eles também que abriram as profecias pela primeira vez, fazendo-nos ver que a volta do Senhor é a esperança da igreja. Foram eles que abriram o livro de Apocalipse e o livro de Daniel e mostraram-nos o reino, a tribulação, o arrebatamento e a noiva. Sem eles conheceríamos hoje uma pequena porcentagem das coisas futuras. Foram eles também que nos mostraram o que é a lei do pecado, o que é ser libertado, o que é ser crucificado com Cristo, o que é ser ressuscitado com Cristo, como ser identificado com o Senhor pela fé e como ser transformado diariamente por contemplar o Senhor. Eles nos mostraram o pecado das denominações, a unidade do Corpo de Cristo e a unidade o Espírito Santo. Foram eles que nos mostraram a diferença entre o judaísmo e a igreja. Na igreja católica romana e nas igrejas protestantes, esta diferença não é facilmente vista, mas eles fizeram-nos vê-la de maneira nova. Eles também nos mostraram o pecado da classe mediadora, mostraram que todos os filhos de Deus são sacerdotes e que todos podem servir a Deus. Foram eles que restauraram o princípio de reuniões de 1 Corintios 14, expondo-nos que profetizar não é tarefa de um homem, mas de dois ou três, e que profetizar não esta baseado em ordenação, mas no dom do Espírito Santo. Se fôssemos enumerar tudo o que eles restauraram, poderíamos muito bem dizer que nas genuínas igrejas protestantes de hoje não há sequer uma verdade que não tenha sido restaurada por eles ou que não tenham sido eles quem as restauraram ainda mais.
A partir da época deles os homens conheceram o que é a igreja, que a igreja é o Corpo de Cristo, que os filhos de Deus são uma igreja que não deveriam estar divididos. A ênfase dele era nos irmãos e no verdadeiro amor de uns pelos outros. O senhor Jesus diz que uma igreja aparecerá cujo nome é Filadélfia.


Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM FILADÉLFIA [Parte I]
Ap 3:7-13; Mt 23:8-11; Jo20:27; 1Co 12:13; Gl 2:28



Entre as sete igrejas, cinco são repreendidas e duas não. As duas não repreendidas são Esmirna e Filadélfia. O Senhor aprova somente essas duas. É realmente notório que as palavras faladas pelo Senhor a Filadélfia são muito parecidas com as que foram faladas a Esmirna. O problema de Esmirna era o judaísmo, e em Filadélfia também havia o judaísmo. À igreja em Esmirna o Senhor diz: “Para serdes posto à prova”, enquanto para a igreja em Filadélfia o Senhor diz: “Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”. O Senhor também fala às duas igrejas com relação à coroa. Para Esmirna, Ele diz: “Dar-te-ei a coroa da vida”, enquanto para Filadélfia, Ele diz: “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”. As duas igrejas têm estes dois pontos semelhantes para mostrar que elas estão na mesma linha, isto é, na linha da ortodoxia da igreja apostólica. A igreja em Sardes foi uma restauração, mas não completa – foi uma restauração que não foi bem feita. Mas, Filadélfia restaurou até o ponto de satisfazer o desejo do Senhor. A igreja em Filadélfia não só não é censurada como também é louvada. A linha reta que desenhamos é a linha dos escolhidos.  Sabemos, evidentemente, que aqueles que o Senhor escolheu foi Filadélfia. Filadélfia continua a ortodoxia dos apóstolos. Ela recuperou Esmirna. Portanto, as palavras do Senhor a ela são para guardar e obedecer. A virada de Pérgamo e Tiatira foi tão grande que quando Sardes apareceu, embora agisse extraordinariamente bem, não recobrou a perfeição. Embora se voltasse em direção à restauração, ela não conseguiu atingir o alvo. Filadélfia é uma restauração completa. Precisamos ver isso claramente.
Filadélfia, em grego, é composta de duas palavras. O significado de uma é amar um ao outro, e o significado da outra é irmão, assim, Filadélfia significa amor fraternal. Amor fraternal é a profecia do Senhor. Sacrifício é a característica principal de Tiatira e é cumprido na Igreja Católica Romana. Restauração é a característica de Sardes e é cumprida nas igrejas protestantes. Agora, o Senhor diz-nos que há uma que está completamente restaurada e é por Ele louvada. Os que leem a Bíblia levantarão a questão: “Quem é ela na atualidade? Onde podemos encontrá-la na história”? Não deixemos essa questão passar facilmente.
Já falamos do comportamento dos nicolaítas e do ensinamento dos nicolaítas nas igrejas em Éfeso e em Pérgamo. Além disso, já mostramos que eles representam uma casta de sacerdotes. Entre os israelitas, os levitas podem ser os sacerdotes e o restante não pode. Mas na igreja todos os filhos de Deus são sacerdotes. A primeira Epístola de Pedro 2 e Apocalipse 5 nos dizem claramente que todos os comprados com o sangue são sacerdotes (vs. 9, 10). Todavia, os nicolaítas criam o emprego de sacerdote. O laicato (crente comum) deve ir ao mundo ter uma ocupação e executar negócios seculares. Os sacerdotes estão acima do laicato e encarregam-se dos negócios espirituais. Os judeus têm o judaísmo, e os nicolaítas desenvolveram o comportamento, tornando-o ensinamento. Veja a classe dos padres. Eles podem encarregar-se dos assuntos espirituais, enquanto os outros cuidam de assuntos seculares. A imposição de mãos é assunto deles; somente eles podem abençoar. Se tiver de indagar sobre certo assunto eu mesmo não posso perguntar a Deus, antes devo pedir-lhes que perguntem a Deus por mim. Na época de Sardes a situação melhorou. O sistema de padres foi abolido, mas o sistema clerical surgiu para tomar o seu lugar. Nas igrejas protestantes, há as rigorosíssimas igrejas estatais, e há também as igrejas privadas, a existência da classe mediadora é sempre vista. A primeira tem o sistema clerical, enquanto a ultima tem o sistema pastoral. Em relação a esse sistema de classe sacerdotal, quer sejam chamado de padres, de clérigos ou de pastores, é algo rejeitado pelo Senhor. As igrejas protestantes são uma mudança de forma na continuação do ensinamento nicolaíta de Pérgamo. Embora nas igrejas protestantes ninguém seja chamado de padre, todavia os clérigos e os pastores são exatamente iguais em principio. Mesmo se mudarmos o nome deles e chamá-los obreiros, enquanto permanecerem na mesma posição, eles têm o mesmo sabor.  
Já expusemos bastante a escritura base para mostrar que todos somos sacerdotes. Mas, agora, há uma controvérsia entre Deus e os homens. Desde que Deus diga que cada um na igreja está qualificado para ser sacerdote, por que os homens dizem que a autoridade espiritual está unicamente nas mãos de uma classe mediadora, tal como a dos padres? Todos os redimidos com o sangue precioso são sacerdotes. Por que o Senhor não repreendeu Filadélfia, mas antes louvou-a? Lembre-se de que o inicio da classe mediadora foi em Pérgamo e a pratica foi em Roma. Eles têm o papa que exerce domínio sobre eles, têm os altos oficiais exercendo autoridade sobre eles, e têm altos oficiais do Vaticano (a igreja – palácio) etc. Mas o Senhor diz: “Vós todos sois irmãos”. Apeguem-se a Mateus 20:25; 23:8. É verdade que na bíblia há pastores, mas a bíblia não tem o sistema de pastores. Além disso, a palavra pastor é uma tradução; no texto original significa guardador de gado. Você pode chamá-lo de guardador de ovelhas ou guardador de gado. O Senhor diz: “Vocês não devem ter mestres entre vocês, e não devem ter padres”. Mas vejam como a igreja Católica romana chama os padres de “padre”, e as igrejas protestantes chamam os pastores de “pastor”. No século dezenove, realizou-se um grande avivamento que aboliu a classe mediadora. Após Sardes, uma grande restauração aconteceu: na igreja, os irmãos amavam um ao outro e a classe mediadora foi abolida. Esta é Filadélfia.


Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM SARDES [Parte III]
APOCALIPSE 3 : 1- 6

“Virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei” (VRC). “Vir” é vir descendo. “Em cima” ou “sobre” em grego é epi; desse modo, a frase significa: “eu descerei ao seu lado, e não virei sobre você, mas separado de você. A vinda de um ladrão é uma vinda de epi. Estamos aqui, e ele espreita-nos ao nosso lado. O modo de escrever do Senhor é muito sábio. Você pode traduzir assim: “virei e passarei por você, contudo você não saberá”.
O ladrão não vem par roubar coisas sem valor; ele sempre rouba o melhor. O Senhor também roubará o melhor da terra. O melhor está em Suas mãos, não fora Dele. Estamos na casa: um será arrebatado, e outro será deixado. Por isso o Senhor diz que se você não vigiar, Ele virá e passará por você como um ladrão. Muitos filhos de Deus sentem que o Senhor Jesus estará voltando em breve. O dia está aproximando-se. Devemos ser preciosos suficiente par sermos “roubados” pelo Senhor!
Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas (nomes – lit) que não contaminaram as suas vestiduras, e andarão de branco junto comigo, pois são dignas “. Jacó levou setenta almas para o Egito (Ex. 1:15). Comumente as Escrituras dizem muitos homens, muitas almas. Mas o Senhor diz aqui que há poucos nomes; o Senhor presta atenção especial ao nosso nome. Ele diz: “Você tem uns poucos nomes que não contaminaram suas vestiduras”. Esta vestidura são nossos atos de justiça. Quando permanecemos diante de Deus, vestimos Cristo, pois Cristo é nossa veste branca. Contudo, aqui  não estamos diante de Deus, mas diante de Cristo, diante do trono do julgamento (Rm 14:10). Portanto, aqui não vestimos Cristo, mas o que Apocalipse 19 diz é “Linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos”. A palavra justiça em grego está no plural. Há uns poucos nomes que não contaminaram suas vestes; isso quer dizer que seu comportamento é limpo. Eles andarão com o Senhor, pois eles são dignos.
O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” A questão aqui não é se o nome está registrado, mas se o nome será confessado. Aqueles que o Senhor confessa participarão de algo; aqueles que o Senhor não confessa não participarão.  Todo os nomes estão registrados no livro da vida, mas aquele que não é confessado pelo Senhor é como se tivesse assinalado, e ele não participará. O problema aqui não é de vida eterna na eternidade, mas se poderemos reinar ou não com o Senhor. É uma infelicidade ser registrado e, todavia, não ser capaz de participar. Que o Senhor seja gracioso conosco para que venhamos a vestir a veste branca diante Dele. Você tem a veste branca para vestir diante de Deus. Mas, e diante do Senhor?

Extraído do livro: A Ortodoxia da Igreja

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM SARDES [Parte II]
APOCALIPSE 3 : 1- 6

A reforma não trouxe a igreja de volta à condição inicial; ela apenas fez com que a igreja do mundo se tornasse às igrejas estatais. Tiatira é condenada por colocar a igreja no mundo; da mesma forma, Sardes é condenada por colocar a igreja nos Países. “Tens nome de que vives, e estás morto”. A reforma foi vivia, mas havia ainda muitas coisas mortas.
 Aqui vemos que, por um lado, há a igreja católica romana, por outro, há as igrejas protestantes. Entre as igrejas protestantes, paralelamente às estabelecidas de acordo com os países, há também igrejas instituídas de acordo com diferentes opiniões e doutrinas. Os dissidentes são aqueles que não tomam o país como limite, e, sim, a doutrina. Portanto, há dois tipos de igrejas protestantes: as estatais e as privadas. Hoje, vemos na Alemanha e na Inglaterra a união do Estado com a igreja. Roma tem a igreja do mundo, enquanto a Inglaterra, a Alemanha etc., têm a igreja estatal. Os reis e os chefes de Estado não deveriam ouvir o papa; contudo, eles querem que os outros os ouçam. Em política, eles querem ser os reis; na religião, eles também querem ser os reis. Como resultado, as igrejas estatais vieram à existência. As pessoas nunca levantaram a questão: como deve ser a igreja de acordo com a bíblia? Eles não se voltaram para a bíblia para ver se é adequado ter igrejas estatais. Mais tarde, as igrejas privadas também vieram a existir. O estabelecimento de igrejas privadas foi devido à exaltação de certa doutrina; então elas se separaram daquelas que não tinham a mesma doutrina. A igreja Batista foi estabelecida porque alguém viu o batismo; a igreja presbiteriana foi estabelecida porque alguém viu o sistema de presbitério na igreja – a igreja foi estabelecia não porque alguém viu o que a igreja é; em lugar disso, a igreja foi estabelecida de acordo com um sistema. O Senhor diz que estes dois tipos de igrejas protestante e privada – não voltaram ao propósito inicial. Esta afirmação é significativa demais.
Se vigilante, e consolida o resto que estava para morrer”. Isso se refere à justificação pela fé e à bíblia aberta e à vida que se recebe de ambos. Em toda a história de Sardes, estas coisas estão à beira da morte; assim, o Senhor diz: “Fortalece as coisas que estão para morrer”. Hoje, nas igrejas protestantes, embora a bíblia já esta aberta, os regulamentos dos homens ainda têm força; portanto, o Senhor diz: “Não tenho achado integras as tuas obras na presença do meu Deus”. “Até mesmo o que você já tem não é perfeito. Algumas das suas coisas não são perfeitas; elas não têm sido perfeitas desde o principio”. Lembra-te, pois, de como tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.
Por um lado, há reavivamento – louvado seja o Senhor! Por outro, este deve ser reprovado pelo Senhor porque nunca retornou ao principio. As igrejas protestantes têm continuamente reavivamento, mas o Senhor diz que elas não são perfeitas, elas não retornaram ao principio. Você deve lembrar-se do que havia no princípio. O problema não é como você recebe e escuta agora; o problema é como você recebeu e ouviu no principio. Em Atos 2, muitos foram salvos, e o Senhor diz que eles permaneciam unânimes na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Não é dito que eles permaneciam no partir do pão e nas orações dos apóstolos, mas na doutrina e na comunhão; Ele considera apenas a doutrina dos apóstolos como doutrina. Não podemos inventar uma comunhão nem podemos inventar uma doutrina. O erro de Tiatira foi que ela manufaturou seu próprio ensinamento, uma vez que Jezabel estava lá. Deus  não quer que inventemos Ele apenas quer que recebamos. No século vinte qualquer coisa pode ser inventada, mas não a doutrina. No Espírito podemos falar sobre descobertas, mas quanto a doutrina não pode haver qualquer invenção.  Você deve examinar o que tem recebido, o que tem ouvido, e guardar e arrepender-se.

Extraído do livro: A Ortodoxia da Igreja

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

A IGREJA EM SARDES
APOCALIPSE 3 : 1- 6

Sardes quer dizer os remanescentes. A igreja de Sardes é a reação de Deus a Tiatira. A história de reavivamento nas igrejas pelo mundo todo indica uma reação divina. Sempre que o Senhor inicia uma obra de reavivamento, Ele esta reagindo. A reação de Deus é a restauração do homem. Devemos conservar em mente, com firmeza, este principio. Porque o Senhor viu a condição de Tiatira, Sardes apareceu.
Em Apocalipse, várias igrejas estão aos pares. Sardes está junto com Éfeso, Filadélfia está com Esmirna e Laodicéia com Pérgamo. Apenas Tiatira permanece só. Em Sardes o Senhor diz que Seu nome é: “Aquele que tem os sete espírito de Deus, e as sete estrelas”. A epístola a Éfeso diz que a mão direita de Cristo segura sete estrelas, enquanto em Sardes Ele diz que tem as sete estrelas. Éfeso é o enfraquecimento depois dos apóstolos, ou seja, a mudança de algo bom para mau; Sardes é a restauração de Tiatira, ou seja, a mudança de algo mau para bom. Ter obras, mas não amor é Éfeso; vivos no nome, mas mortos na realidade é Sardes. Portanto, estas duas são um par. Aqui o Senhor manifesta-se como Aquele que tem os sete Espíritos. Os sete Espírito de Deus são envidados de Deus ao mundo para trabalhar, e isto se refere à obra de vida. As sete estrelas em Éfeso refere-se ao mensageiro; aqui elas se referem à iluminação. A obra de restauração é parte no Espírito e parte na luz.
Sardes é similar a Esmirna no que diz respeito a representar um longo período na história, desde as igrejas reformadas até o Senhor voltar. Embora Sardes não seja tão longa quanto Tiatira, ela se refere não apenas à igreja durante a reforma, mas também á história da igreja após a reforma.
Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives; e estás morto. Sê vigilante, e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois de como tens recebido e ouvido, guarda-o, e arrepende-te, portanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti”. Creio que ninguém duvidará que Martinho Lutero foi um servo de Deus e que a Reforma foi obra de Deus. A reforma foi uma grande obra e foi uma reação divina. Certamente o Senhor usou Lutero como porta voz; ele foi um homem especialmente escolhido por Deus. Quando Lutero principiou, era totalmente sardes. Seu propósito era unicamente restaurar. O Senhor não disse que a obra de Lutero não era boa; mais apropriadamente, Ele disse que não era perfeita. Era boa, mas não o suficiente. Aos olhos do Senhor, Ele não encontrou nada perfeito: houve um começo, mas sem um final. O Senhor é de perfeição; portanto, Ele exige perfeição. Por essa razão, devemos pedir ao Senhor para ver.
Com Lutero, o problema da justificação foi solucionado. A justificação é pela fé, e ter paz diante do Senhor é pela fé. Lutero não somente nos mostrou a justificação pela fé, mas também nos legou a bíblia aberta. Em Tiatira, a autoridade está nas mãos de Jezabel – em outras palavras, nas mãos da igreja. A questão é o que a igreja diz, não o que o Senhor diz. Tudo depende daquilo que a igreja-mãe diz; todas as pessoas da igreja católica romana ouvem a igreja-mãe. Por isso, o Senhor diz que ele matará seus filhos. Você diz “mãe”, mas o Senhor diz “filhos”. Lutero mostra-nos o que o Senhor e a Bíblia dizem. Os homens podem ler a palavra de Deus e ver por si mesmo o que Deus realmente diz, não o que Roma diz. Quando a bíblia aberta chega, a igreja toda é iluminada.
Contudo, aqui surge um problema: o protestantismo não nos deu uma igreja adequada. Como resultado, aonde quer que fossem a doutrina da justificação pela fé e a bíblia aberta, uma igreja estatal era estabelecida.  A seita Luterana tornou-se a igreja estatal em muitos países. Mais tarde, na Inglaterra, a Igreja Anglicana veio a existir, a qual é também uma igreja estatal. Começando com Roma, a natureza da igreja mudou. E na época da justificação pela fé e do retorno à bíblia aberta, as igrejas protestantes ainda não tinham visto o que deveria ser a igreja. Embora houvesse a justificação pela fé e a bíblia aberta, as igrejas protestantes ainda seguiam o exemplo de Roma e não retornaram a igreja do início. Durante a reforma, o problema da igreja não foi solucionado. Lutero não reformou a igreja. O próprio Lutero disse que não deveríamos achar que “justificação pela fé” fosse suficiente; há muito mais coisas a serem mudadas. Contudo, as pessoas nas igrejas protestantes pararam exatamente aqui. Lutero não parou, mas eles pararam e disseram que estava suficientemente bom. Embora tivessem voltado à fé do inicio, a própria igreja permaneceu sem mudanças. Outrora era igreja internacional de Roma; agora ela mudou para igreja estatal da Inglaterra, ou igreja estatal da Alemanha – isso é tudo.


Extraído do Livro: A Ortodoxia da Igreja

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Apocalipse 3:1-6


E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

IGREJA EM TIATIRA [PARTE II]
Apocalipse 2:18-29

Os fatos estão colocados diante de nós; não há uma igreja que seja igual à Igreja católica romana com tantos ídolos. Podemos dizer que a melhor classe de ídolos é feita pela igreja católica romana. Estive na cidade de Roma por um mês. Durante esse tempo, eu continuamente sentia algo: “Se a igreja é deles, então não é nossa; se for nossa, então certamente não é deles”. Não há meio termo para ambos se unirem. O mais extraordinário é que eles cumpriram tudo o que foi profetizado na bíblia. Há uma imagem do Pai e uma imagem do Filho; há imagens dos apóstolos e imagens dos santos antigos. Eles adoram Maria; adoram Pedro. Vemos como Jezabel ensina os servos do Senhor a cometer prostituição e a comer a comida ofertada aos ídolos! Jezabel é mencionada porque a igreja trouxe para dentro de si deuses gentios. Vemos isto no livro intitulado Mystery², de G. H. Pember.  Eles tomaram os deuses gentios e penduraram neles os símbolos do cristianismo. O mais evidente é a imagem de Maria. Alguns pensam que pelo menos Maria é do próprio cristianismo. Mas o fato é este: a Grécia tem uma deusa, a Índia tem uma deusa, o Egito tem uma deusa, a China tem uma deusa, cada religião do mundo tem uma deusa, exceto o cristianismo. Já que deve haver uma deusa, eles produziram Maria. Na verdade não há deusa, eles produziram Maria. Na verdade não há deusa na fé cristã – a origem do conceito de uma deusa são os gentios. Assim, isto é idolatria, além de prostituição. Isto é Jezabel, trazendo as coisas dos gentios para o reino de Israel.
Ela se autodenomina profetisa porque quer pregar e ensinar. A posição da igreja diante de Deus é a de uma mulher. Sempre que a igreja tem autoridade para pregar, ela é Jezabel. A igreja não tem nada a dizer; em outras palavras, a igreja não tem palavra. O filho de Deus é a Palavra; por isso só Ele tem a palavra. Cristo é o Cabeça da igreja; portanto, somente Ele pode falar. Sempre que a igreja fala, isto é a pregação da mulher. A Igreja católica romana é a mulher pregando. Na Igreja católica romana há o que a igreja diz, não o que a bíblia diz nem o que o Senhor diz. É extraordinário que Deus aqui diz que Jezabel é a profetisa e que a mulher fala. “Meus servos” refere-se a servos individuais. Jezabel tem autoridade para dirigir cada crente. O povo na igreja católica romana não lê a bíblia, porque tem medo de interpretar mal o que Deus pretende. Somente os padres podem entender e somente os padres podem falar; portanto, somente eles podem decidir todas as questões. A igreja católica romana é essencialmente a pregação da mulher que decide o que os filhos de Deus devem fazer. Muitas doutrinas têm sido alteradas, porque ela diz que isto é o que a igreja diz e as pessoas devem ouvir a igreja. Ela não ressalta que o povo deve ouvir o Senhor, mas que o povo deve ouvir a igreja e o papa.
Na história da igreja houve as perseguições do Império Romano, e houve também as perseguições da Igreja Católica Romana. Quando a Igreja Católica Romana na Espanha perseguiu os filhos de Deus, ela matou um sem-número deles. A punição que aplicaram durante a Inquisição foi cruel ao extremo. Após levarem as pessoas a ponto de morrer, entregavam-nas ofegantes nas mãos do governo, dando a entender que ninguém fora morto pela mão deles. Eles sempre o farão aceitar a doutrina deles. A nação Judaica (Israel) tinha apenas uma mulher que matava os profetas; era Jezabel. Nos séculos anteriores quantas testemunhas morreram nas mãos da Igreja católica romana não sabemos. Eles afirmam que tudo o que decidem está sempre certo. O pensamento das pessoas de Tiatira deve-se ao fato de que ela permite o ensinamento de Jezabel em seu meio.
Dei-lhe temo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição”. Eles ainda estão unidos com o mundo e cheios do comportamento do mundo. “Eis que a prostro de cama” – não num caixão, mas numa cama. Um caixão significa que acabou; uma cama significa que não acabou. Isto quer dizer que ela não mudará durante toda a sua vida. A paciente não pode ser curada e não pode mudar. Permanecendo em sua presente situação, ela é incurável -  esta é a condição da Igreja católica romana. Em 1926, Mussoline e o papa assinaram um acordo, separando o Vaticano da Itália, para que ele pudesse tornar-se um estado independente, possuindo seu próprio tribunal e polícia etc. Os crentes na Igreja católica romana aumentam anualmente. Na China, não há jornal publicado por uma igreja protestante, contudo a Igreja católica romana possui um jornal. Seu número excede três a quatro vezes o dos protestantes. Em Apocalipse 17, vemos a que ponto esta igreja irá desenvolver-se. Agora, sem dúvida, ela está tornando-se cada vez mais forte. Mas o Senhor diz ao Seu povo: "Saí dela”. Que o Senhor diz sobre aqueles que têm cometido adultério com ela, e sobre os seus filhos? “Prostro” (...)  em grande tribulação os que com ela adulteraram, caso não se arrependam das obras que ela incita. Matarei os seus filhos” – provavelmente estas palavras referem-se à destruição da igreja católica romana por Deus, por intermédio do anticristo e seus seguidores – “e todas as igrejas conhecerão que Eu sou aquele que sonda mente e corações, e vos darei a cada um, segundo as suas obras”.
“Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as cousas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós; tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha”. “Os demais de Tiatira”; embora Jezabel esteja aqui, ainda há descanso. Ao ouvir que Jezabel havia decidido matá-lo, Elias ficou muito desencorajado. Que fez ele? Ocultou-se. Então Deus disse: “Que fazes aqui”? Enquanto ele estava murmurando, o Senhor disse; “Também conservei em Israel sete mil” (1Reis 19:9-18). Estes são “os demais de Tiatira”. Quando Jezabel vivia nesta terra havia Elias; portanto, na igreja católica romana também deve haver Elias; portanto deve haver também muitos que pertencem ao Senhor. Não apenas na Espanha, mas também na França e na Grã-Bretanha, houve muitos que foram queimados. O sangue de muitos foi derramado na igreja católica romana. Isto é um fato. Hoje a igreja católica romana ainda está fazendo o melhor que pode para perseguir. Graças  ao Senhor, ainda há aqueles que “não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de satanás”. As palavras “coisas profundas” em grego é bathea, que quer dizer mistério. A igreja católica romana gosta demais de usar essa palavra. Eles têm muitos mistérios, ou doutrinas profundas, em seu meio. Essas doutrinas não são do Senhor, mas são as palavras de Jezabel. Sobre os que não seguem essa doutrina, o Senhor não colocará outra carga; estes são os que já têm a Sua Palavra e devem conservá-la: “Conservem Minha palavra que vocês conhecem – isto é suficiente. Não percam o que vocês já têm, até que Eu venha”. “E ao que vencer, e guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá: e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai” (VCR). Essa é a primeira promessa. Qual é o significado disto? Todo aquele que cuida de ovelhas tem uma vara. Quando as ovelhas não se comportam bem, ele usa a vara para bater-lhes gentilmente. O capítulo 13 de Mateus diz que um anjo virá e ajuntará para fora do seu reino todas as coisas que ofendem, isto é, usará força para expulsar todas as coisas que não são corretas. Mas isso não significa que no milênio as nações já não existirão. Sabemos que elas estarão lá. Por meio da vara de ferro Deus quebrará estas coisas em pedaços.
O que Deus produz são pedras; o que o homem produz são tijolos. Os tijolos são muito semelhantes a pedras. A torre de Babel foi construída com tijolos. Quando aos que O imitam, da torre de Babel até a segunda Epístola a Timóteo, o Senhor diz que eles são “vasos de barro” (vasos de oleiro). O Senhor diz que o vencedor pastoreará as nações quebrará os vasos de barro em pedaços. Regerá, no texto original, significa pastoreará. A palavra pastoreará significa que não é algo feito de uma vez, mas, ao contrário, é feito batendo uma por uma, quando há necessidade. Isto é pastorear. Esse tipo de coisa provavelmente será feito continuamente até que o novo céu e a nova terra sejam introduzidos. O reino é a introdução ao novo céu e nova terra. No novo céu e nova terra, apenas a justiça habita. Esta é a razão pela qual a vara de ferro aqui deve ser usada para pastoreá-las e quebrar em pedaços todas as coisas procedentes dos homens.
“Dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã”. Esta é a segunda promessa. A estrela da manhã é a assim chamada estrela d’alva. Na hora mais escura, exatamente na hora em que o dia está surgindo, ela aparece por um instante, e então o sol desponta. Muitas pessoas vêem o sol, mas poucas vêem a estrela da manhã. Um dia o Senhor será visto pelo mundo todo, como está citado no capítulo quatro de Malaquias: “Nascerá o sol da justiça”. Mas antes que todas veja a luz, você já poderá tê-la visto primeiro enquanto está escuro. Isso é o que significa receber a estrela da manhã. Logo antes do dia nascer, é realmente escuro. Mas é neste exato momento que a estrela da manhã aparece. O Senhor promete ao vencedor que ele receberá a estrela da manhã na hora mais escura: isso significa que ele verá o Senhor e será arrebatado. Nós vemos o sol sempre durante as horas do dia, mas aquele que vê a estrela da manhã é alguém que prepara um momento especial para levantar-se e contemplar, enquanto os outros estão dormindo. Esta é a promessa para o vencedor.
Nas primeiras três epístolas o chamamento ao vencedor vem após “quem tem ouvidos, ouça” Primeiro lemos “quem tem ouvidos” e, então a promessa ao vencedor. Mas a partir de Tiatira a ordem é invertida. Isso prova que as três primeiras igrejas são um grupo, enquanto as quatro ultimas são outro. Há uma diferença entre os dois grupos. Antigamente foi depois que a época de Éfeso passou que a igreja de Esmirna veio, e depois que passou a época de Esmirna, veio Pérgamo, e depois que Pérgamo passou veio Tiatira. Mas agora não é quando Tiatira se vai que Sardes vem. Tiatira continuará até que o Senhor volte. Não é quando Sardes passa que Filadélfia vem, nem quando Filadélfia se vai que Laodicéia aparece. Sardes, Filadélfia e Laodicéia também continuarão até que o Senhor Jesus volte. Todas as três primeiras vieram e foram-se, mas as quatro últimas surgem gradativamente e continuarão juntas até o Senhor voltar.


Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja
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² não disponível em português. (N.T.)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

IGREJA EM TIATIRA
Apocalipse 2:18-29
                                                                                                                                                        
A igreja no tempo dos apóstolos passou, a época de Éfeso passou, a época de sofrimentos passou, o período de Pérgamo também passou, e o que vem a seguir é Tiatira. Só que a igreja representada por Tiatira continuará até o Senhor Jesus voltar. Não só Tiatira, como também Sardes, Filadélfia e Laodicéia continuarão até o Senhor Jesus retornar. Nas primeiras três igrejas, não há menção da volta do Senhor, mas, nas quatro últimas, a volta do Senhor é mencionada em cada caso. Laodicéia, contudo, não menciona a segunda vinda do Senhor literalmente, por causa de alguma coisa particular referente a ela, conforme explicaremos mais adiante. Portanto, as últimas quatro igrejas continuarão até o Senhor voltar.
Na bíblia, vemos que o número sete é um número que significa complementação. Sete é composto de três mais quatro. Três é o numero de Deus; o próprio Deus é três-um. Quatro é a criatura de Deus; é o número do mundo, tal qual as quatro direções, os quatro ventos, as quatro estações etc. – todos contêm o número quatro. Sete significa o Criador mais a criatura. Quando Deus é adicionado ao homem, isto é complementação. O número sete é sempre três mais quatro. As sete igrejas estão divididas em: as três primeiras mais as quatro ultimas. As três primeiras não mencionam a volta do Senhor, enquanto as outras quatro mencionam. Desse modo, três igrejas são de um grupo, enquanto as outras quatro são de outro. A igreja de Tiatira é a primeira entre as quatro igrejas que existirão até o Senhor Jesus voltar.
Tiatira significa “o sacrifício de perfume”, isto é, repleta de muitos sacrifícios. As palavras faladas pelo Senhor tornam-se cada vez mais fortes. O Senhor diz que Ele é O que tem “olhos como chama de fogo”. Nada pode ocultar-se dos Seus olhos. Ele é a luz; Ele próprio é a iluminação. Ao mesmo tempo Ele diz que tem “pés semelhantes ao bronze polido”. Na bíblia, bronze significa julgamento. O que os olhos vêem, os pés julgam. Os estudiosos da bíblia concordam que a igreja em Tiatira refere-se à Igreja Católica Romana. Isto não se refere à confusão que resultou do casamento da igreja com o mundo (Pérgamo) – agora isso passou. A situação tornou-se mais pesada, cheia de heresia e sacrifício. É realmente notável como a Igreja Católica Romana dá muita atenção principalmente a comportamentos e a sacrifício. A missa é seu sacrifício.
A Igreja Católica Romana, de acordo com a nossa observação, não tem nada de bom, mas Deus diz: “Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas ultimas obras, mais numerosas do que as primeiras”. O Senhor reconhece que há realidade na Igreja Católica Romana. Madame Guyon, Tauler e Fenelon¹ estava na Igreja católica romana, e podemos mencionar ainda muitos dos melhores nomes. Na verdade, há muitos na igreja católica romana que conheciam o Senhor. Nunca pense que não há nenhum salvo na igreja católica romana. Também ali o Senhor ainda tem Seu próprio povo – disso devemos ter bastante clareza diante do Senhor.
O que estamos ressaltando agora é quão desolada a igreja se tornou em sua aparência exterior. Primeiro, vimos o comportamento dos nicolaítas; mais tarde, vimos que ele evoluiu tornando-se ensinamento. Mas, e a igreja agora? O Senhor diz aqui: “tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”.
Quem é Jezabel? Jezabel era a esposa que o rei Acabe trouxe da terra dos sidônios, os gentios. Jezabel seduziu o povo de Israel. Ela disse ao povo para adorar a imagem de Baal (1 Reis 16:30 -32). Baal é o deus dos gentios, não o Deus do povo de Israel. Ela disse ao povo para adorar a imagem de Baal. O problema, agora, não são apenas os ídolos, e, sim, que Deus foi substituído: Baal foi introduzido e adorado como seu próprio deus. Na história da nação judaica (Israel) até 1 Reis 16, ninguém havia levado o povo de Israel a pecar de tal maneira como Acabe. Acabe foi o primeiro a conduzir o povo a adorar um deus gentio em larga escala. Nem mesmo Jeroboão igualou-se a ele nos pecados que cometeu.
Queremos, aqui, atentar para quem é Jezabel. É uma mulher. A mulher em Apocalipse 17 refere-se à Igreja Católica romana. Em Mateus 13, a mulher que tomou o fermento e escondeu-o em três medidas de farinha também é a Igreja católica romana. Naturalmente, portanto, a mulher aqui, também representa a Igreja católica romana.
Deus nunca reconhece como legítimo o casamento entre Seu povo e os gentios; Deus diz que isto é prostituição. Como consta, Jezabel não era a rainha; a união de Acabe e Jezabel era prostituição. Prostituição é confusão. O que Deus vê aqui é uma mulher que está misturando coisas às palavras de Deus e ao povo de Deus. O que esta mulher introduziu foi o deus dos gentios. I o resultado da prostituição é idolatria. O Novo Testamento menciona a conferencia em Jerusalém, cujo resultado foi a exortação aos irmãos gentios para se absterem de comidas sacrificadas a ídolos e da fornicação (At 15:29). A prostituição daquela mulher introduziu ídolos no reino de Israel.
Por meio de Jezabel, Acabe foi unido ao mundo. Não importa onde você esteja, é visível que a Igreja católica romana uniu-se aos poderes políticos. Ela envia embaixadores e ministros a várias nações, e, em importantes crises mundiais, ela se levanta para falar. A união da igreja com o mundo é a igreja católica romana.  Eles proclamam que seu primeiro papa foi Pedro. Mas acho que Pedro diria:”Eu sou um discípulo do pobre Jesus de Nazaré; essa glória e a honra do mundo não têm nada que ver comigo”. Contudo, a Igreja católica romana mantém sua posição no mundo e exige respeito das pessoas. O fenômeno da Igreja Católica Romana nestes mais de mil anos, de acordo com a Epístola de Tiago, é o maior adultério. Aqui vemos que a igreja perdeu a sua virgindade. Hoje, há um grupo de pessoas que acham que desde que tem tão vasto número de membros, podem negociar com os outros. De acordo com os homens, é uma espécie de progresso a igreja ser capaz de negociar, mas, de acordo com Deus, é um pecado a igreja ganhar o que o mundo ganha.

Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja

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¹ Irmãos e irmãs que, nos séculos passados, (dentro do catolicismo romano) seguiram a chamada “linha da vida interior”. Com ênfase a experiência de amor a Cristo e à Cruz. Também conhecido como “Quietismo”.