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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O VIVER DO FILHO NA TERRA [Parte III]

Um Modelo da Vida Cristã e da Vida da Igreja
Devemos ter uma visão concernente ao Deus Triúno corporificado no Homem, um Homem que vivia a vida do Deus Triúno. A encarnação foi o dispensar do Deus Triúno para dentro da humanidade, e o viver do Filho foi o resultado de tal dispensar. O Homem Jesus foi um modelo que confirma como funciona o dispensar do Deus Triúno para dentro da humanidade! Na história humana houve apenas uma Pessoa que foi o resultado do dispensar de Deus e que viveu uma vida de natureza divina mesclada com a vida de natureza humana.
Quando era mais jovem, me perguntava porque o nosso Deus necessitou tornar-se um Homem para viver nesta terra por trinta e três anos e meio. Por trinta anos viveu na casa de um carpinteiro. Aparentemente, Ele não fazia nada; apenas vivia ali. Para mim não havia necessidade disso. Necessitávamos de um Salvador, e de um Redentor; porém, por que o nosso Senhor teve que viver na terra por trinta e três anos e meio, aparentemente sem fazer nada? Ainda mais, que a obra do Senhor Jesus de três anos e meio não abrangeu muito; viajou principalmente na Palestina, uma faixa de terra de aproximadamente de 500 quilômetros de norte a sul e de aproximadamente 160 quilômetros de leste a oeste. Por fim, Ele somente reuniu cento e vinte (At 1:15). Entre esses cento e vinte, não havia ninguém com doutorado. A maioria eram indoutos, alguns eram pescadores, e havia também um grupo de mulheres, uma das quais foi possuída por sete demônios. Aparentemente, Jesus não fez muito no aspecto da obra. Na realidade, fez algo muito significativo. Ele viveu uma vida que é o modelo, um padrão da vida cristã e da vida da igreja. Isto mostra que Deus não valoriza muito o que fazemos. Deus valoriza o Seu dispensar e quanto do dispensar divino tem sido adicionado para dentro do nosso ser. Jesus era totalmente o agregado do dispensar divino, a corporificação do dispensar divino. Ele viveu uma vida como um Homem saturado do Deus Triúno. Seu viver era a expressão do dispensar divino. Ele viveu em Nazaré trinta anos sem fazer obra alguma porque o Seu encargo e Sua intenção não era fazer obra, mas viver uma vida que era o resultado do dispensar divino. Em cada página dos quatro Evangelhos podemos ver um quadro do dispensar divino vivido por este Homem Jesus.
Trabalhando com o Pai
A maioria dos jovens não gostam de trabalhar com seus pais, talvez por serem restringidos com repreensões. Porém, Jesus nunca fez nenhuma obra sem o Pai. Sempre trabalhava com o Pai (Jo 14:10b; 5:17, 19). Trabalhar com o Pai requer uma negação absoluta do eu. Cristo negou a Si mesmo para trabalhar com o Pai. Na vida da igreja hoje necessitamos sempre trabalhar com o Pai.
Trabalhando no Nome do Pai
O Filho trabalhou no nome do Pai (Jo 10:25). Trabalhar no nome do Pai significa que não sou eu quem trabalha, mas que trabalho com o Pai. Quando este Homem viveu na terra, Ele era o Filho com o Pai e pelo Espírito, vivendo com a finalidade de estabelecer um modelo para que o homem possa viver uma vida mesclada com o Deus Triúno. Pelo menos um Homem dentre a humanidade foi bem sucedido em viver tal vida. Os milhares de homens que possuem a vida divina devem seguir este Homem para viver uma vida que seja o resultado do dispensar divino.
Fazendo a Vontade do Pai
O Filho pôs de lado Sua vontade e fez a vontade do Pai, desta maneira fez a vontade do Pai (Jo 5:30; 6:38). Em João 6:38 o Senhor disse: “Porque Eu desci do céu, não para fazer a Minha própria vontade, e sim a vontade Daquele que me enviou”.
Falando a Palavra do Pai
O Filho nunca falou Sua própria palavra. Tudo o que o Filho falava era o falar do Pai (Jo 14:24; 7:16-17; 12:49-50).
Buscando da Glória do Pai
Com Cristo não havia lugar para o eu. Ele não buscava Sua própria glória, mas a do Pai (Jo 7:18).
Expressando o Pai
Finalmente, o Filho expressou o Pai (Jo 14:7-9). Não é de se admirar que Ele tenha dito: “Quem Me vê, vê o Pai” (14:9). Ele era um com o Pai. Não tinha nenhuma obra, nem vontade, nem palavra, nem glória, nem ambição para Si. Ele somente expressava o Pai. O Deus Triúno foi expressado neste Homem. Esse foi o resultado do dispensar divino no primeiro homem da nova criação. Este foi o primeiro homem na historia humana que foi o resultado do dispensar divino. Este resultado se desenvolveu e este dispensar prossegue nas milhares de pessoas escolhidas por Deus. Todas elas vivem uma vida que é o resultado do dispensar divino. Este é o viver do Filho na terra.

Extraído do livro: A economia de Deus


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O VIVER DO FILHO NA TERRA [Parte II]

A Corporificação do Deus Triúno
O Filho viveu na terra como a corporificação do Deus Triúno. Colossenses 2:9 se refere a “plenitude da Deidade”. Não diz as riquezas da Deidade, mas a plenitude da Deidade. A diferença entre riquezas e plenitude pode ser ilustrada usando um copo de água. Um copo que contém água tem as riquezas da água. Pode ser que tenha as riquezas da água, porém não se pode ver tais riquezas enquanto a água não encher o copo e derramar. Agora, as riquezas tem-se tornado em plenitude, a qual é a expressão das riquezas. Colossenses 2:9 diz que a plenitude de Deus habita corporalmente Nele. Isto significa que as riquezas da Deidade se expressam plenamente Nele. Quando este Homem Jesus viveu na terra, viveu de modo que todos aqueles que estavam ao Seu redor viam a plenitude da Deidade. A Deidade em sua plenitude simplesmente fluía dele. A plenitude da Deidade não só habitava Nele, mas fluía Dele. Quando viveu na casa daquele carpinteiro em Nazaré, Ele era a própria corporificação da Deidade em sua plenitude, possuindo tudo o que o Pai tinha. Em João 16:15 Ele nos diz que tudo o que Deus, o Pai, tinha era Seu. Ele herdou tudo o que o Pai tinha porque viveu como a corporificação do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mesmo com doze anos, vivia de maneira que todos viam o fluir da plenitude da Deidade fluindo Dele. Isso não foi meramente a Sua obra ou o Seu ministério, mas o Seu viver. Ele vivia a plenitude da Deidade; portanto, podia dizer: “Quem Me vê, vê o Pai” (Jo 14:9).
O Tabernáculo de Deus e o Templo de Deus
O Filho viveu como o tabernáculo de Deus, como o templo de Deus (Jo 1:14a; 2:21). Ele era a habitação de Deus. Assim deve ser a vida de cada cristão. Enquanto vivermos, devemos viver como a habitação de Deus. Devemos viver de maneira que as pessoas possam ver  Deus habitando em nosso viver. Nossa vida diária deve ser o tabernáculo de Deus.  De modo que, enquanto estamos trabalhando, na escola ou no escritório, as pessoas possam ver Deus em nossa vida diária.
Coinerindo com o Pai
O Filho também coinere com o Pai. Ser coinerente simplesmente significa morar um no outro. O Pai mora no Filho, e o Filho mora no Pai (Jo 14:10a, 11a, 17:21). Quando o Filho vivia nesta terra, Seu viver era um permanecer mútuo. Ele permanecia no Pai e o Pai permanecía Nele.
Um com o Pai
O Filho era um com o Pai (Jo 10:30; 17:22). O Filho, quando vivia nesta terra, vivia uma vida que mostrava às pessoas que Ele e o Pai eram um. Todos devemos viver uma vida que mostra às pessoas que nós e Cristo somos um. Devemos ser um com Jesus.
Tendo o Pai com Ele
No viver do Filho, Ele tinha o Pai com Ele, por isso nos disse que nunca estava só (Jo 8:29; 16:32). Ele tinha o Pai com Ele todo o tempo. Nós também devemos viver uma vida na qual o Senhor está conosco todo o tempo.
Vivendo Por Causa so Pai
O Filho vivia por causa do Pai (Jo 6:57). Ele não vivia Sua propria vida, mas a vida do Pai. Nós também podemos viver uma vida que não seja nós mesmos, mas Cristo. Devemos viver uma vida que não seja nós, mas Cristo. Paulo diz: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20). Todos nós podemos viver por causa de Cristo (Jo 6:57b). O Senhor Jesus era o Filho que vivia o Pai; agora devemos viver Cristo (Fp 1:21a).
Ungido pelo Pai com o Espírito
O Filho também foi ungido pelo Pai com o Espírito (Mt 3:16-17; Lc 4:18a). Tudo o que o Filho faz, Ele faz com o Pai e pelo Espírito. Quando o Pai ungiu o Filho, o Pai não regressou aos céus. O Pai permaneceu com o Filho todo o tempo, e ungiu o Filho com o Espírito. Depois, um dia o Filho declarou que o Espírito do Senhor estava sobre Ele e foi enviado para proclamar as boas novas (Lc 4:18a). Ele proclamou as boas novas com o Pai e pelo Espírito.

Extraído do livro: A economia de Deus

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O VIVER DO FILHO NA TERRA [Parte I]


O primeiro ponto da economia neotestamentária de Deus é a encarnação da Palavra. O segundo ponto é o viver do Filho na terra, o qual é a continuação da encarnação da Palavra. No Novo Testamento, o que se vê primeiro é a Palavra, que é Deus tornando-se carne. Este é o Deus Triúno corporificado num Homem. Agora este Homem continua vivendo na terra. Ele é a corporificação do Deus Triúno vivendo a vida de Deus. Seu viver é maravilhoso e requer milhares de palavras para descrevê-lo.
A Vida Mais Elevada
Em sua criação Deus criou diferentes tipos vidas. A criação de Deus começou a partir da vida mais inferior, a vegetal. A flores, as árvores e os vegetais são coisas vivas, porém suas vidas são as mais inferiores. Suas vidas não têm personalidade. Não têm sentimentos, nem pensamentos, amor ou ódio. Depois Deus criou a vida animal que é mais elevada que a vida vegetal. Os cães podem ou não gostar de vocês, e algumas vezes eles ficam furiosos e latem para vocês, porém esta não é a vida mais elevada. O terceiro nível da vida criada por Deus está em um nível mais elevado do que as anteriores. É a vida humana. Sem a vida vegetal, a vida animal e a vida humana, a terra estaria desolada. Esta terra é muito interessante devido à estas três vidas. Porém, a vida mais elevada neste universo é a da árvore da vida. Em Gênesis 1 estão os vegetais, os animais e o homem criado por Deus. Depois da criação do homem, Deus levou este homem à árvore da vida, o qual lhe mostrou que havia ainda uma vida  mais elevada que a vida humana (Gn 2:8-9). Esta vida é a vida divina.
A Mescla da Vida Divina com a Vida Humana
No Novo Testamento aconteceu algo maravilhoso — a mescla da vida divina com a vida humana! Quando dizemos que a corporificação do Deus Triúno vive a vida do Deus Triúno, queremos dizer que é um viver da vida combinada, um viver da vida mesclada. É uma vida tanto humana quanto divina. A vida humana é maravilhosa e a vida divina é magnifica, mas agora estas duas vidas estão casadas. A vida divina é o esposo e a vida humana é a esposa — um casal maravilhoso! Isto é a mescla da vida divina com a vida humana. Jesus Cristo é a corporificação de tal mescla, e Ele viveu uma vida especial, uma vida extraordinária, uma vida que é o mesclar da vida divina com a vida humana. Nesta vida, e  no viver de tal vida, podemos ver todos os atributos divinos e todas as virtudes humanas. Esta foi a vida vivida pela corporificação do Deus Triúno no Homem Jesus. Tal viver se desenvolverá para ser o reino de Deus. O reino de Deus é simplesmente o viver da vida divina mesclada com a vida humana. Hoje o reino de Deus deve ser a vida da igreja — o desenvolvimento desse viver maravilhoso de duas vidas mescladas.
Viver Uma Vida Combinada
Nós que somos regenerados, que amamos o Senhor,  que buscamos o Senhor e, que estamos debaixo da transformação de Deus, devemos nos perguntar que tipo de vida vivemos. Não devemos viver meramente uma vida humana, uma vida ética. Devemos viver uma vida combinada—uma vida que é a combinação da vida divina com a vida humana. Tal vida é a vida da igreja. Jesus Cristo, como a corporificação exata do Deus Triúno, viveu tal vida. Seu viver estabeleceu o modelo da vida da igreja e esta vida vive Deus na humanidade. A vida da igreja deve ser exatamente igual ao Seu viver. Ele era Jesus o Homem, contudo vivia o Deus Triúno. Ele era o Nazareno, no entanto, vivia a vida divina. Quando tinha doze anos, Ele foi à Jerusalém e se comportou, agiu e viveu de forma que mostrou a vida divina no jovem ser humano. Ele era um ser humano galileu, porém viveu e expressou a vida divina. Lucas 2 nos mostra um garoto humano, com somente doze anos, vivendo uma vida de nível elevado. Nessa vida jovem podemos ver as virtudes humanas e os atributos divinos. Este é o modelo da vida da igreja. Enquanto aquele garoto vivia, o Filho, o Pai e o Espírito viviam com Ele. Fora da Bíblia, não há relato humano de semelhante vida. Tal vida é o resultado do dispensar divino. A encarnação da Palavra foi o dispensar do Filho com o Pai pelo Espírito para dentro da humanidade. Devido a esta encarnação foi possível um ser humano jovem viver a vida do Deus Triúno. Os quatro Evangelhos primeiramente nos mostram a encarnação da Palavra e logo apresentam o viver do Filho, que foi a combinação da vida divina com a vida humana.

Extraído do livro: A economia de Deus

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Leitura Bíblica


E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.




Clamava, pois, Jesus no templo, ensinando, e dizendo: Vós conheceis-me, e sabeis de onde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis. Mas eu conheço-o, porque dele sou e ele me enviou.




E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.




E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.



Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.

A ENCARNAÇÃO DA PALAVRA


O primeiro ponto crucial da economia neotestamentária de Deus é a encarnação da Palavra. No sentido exato da palavra, a encarnação é a encarnação da Palavra. João 1:14 diz que a Palavra tornou- se  carne. Não diz que Cristo tornou-se carne ou que Deus tornou-se carne. A Bíblia nos diz que a Palavra, que era Deus (Jo 1:1) tornou-se carne. A Palavra é a definição de Deus, sendo a definição de Deus, é a corporificação de Deus. Deus é abstrato e invisíel porque Deus é Espírito (Jo 4:24). Nosso pensamento é abstrato e invisivel, porém quando o expressamos em palavras, tais palavras tornam a definição do nosso pensamento, a propria corporificação do nosso pensamento. A palavra é a definição, a expressão e a corporificação do nosso pensamento. Se eu falar a vocês por uma hora, saberão qual é o meu pensamento porque o meu pensamento está corporificado em minhas palavras.
A Palavra Tornando-se Carne
A Palavra como a definição de Deus, a expressão e a corporificação de Deus, tornou-se carne. A Palavra, a qual é a definição e corporificação de Deus, necessitava ser corporificada em uma Pessoa, e essa Pessoa era Deus, o Filho. Quando a Palavra tornou-se carne, a corporificação de Deus tornou-se uma Pessoa chamada Jesus Cristo. Esta Pessoa é a corporificação da Palavra, a qual é a corporificação de Deus. Desta maneira podemos dizer que Deus foi corporificado duas vezes. Deus foi corporificado na Palavra antes de Sua encarnação (Jo 1:1), e depois a Palavra foi corporificada numa Pessoa viva que era o Homem, Jesus Cristo (Cl 2:29).
Enviado pelo Pai e com o Pai
Quando a Palavra tornou-se carne, Ela  foi enviada por Deus e com Deus (Jo 7:29). Quando o Enviado veio, Ele veio com o Enviador. Quando o Filho veio como homem, veio com o Pai. Conforme João 6:46 e 17:8, o Filho veio de Deus, o Pai. A preposição grega traduzida “de” é pará a qual significa “ao lado de”. Portanto, o sentido aqui em grego é “de com”. Darby tem uma nota em sua Nova Tradução sobre João 6:46 que também indica que o sentido em grego é “de com”.  O Filho não veio somente do Pai, mas também com o Pai. Embora Ele tenha vindo do Pai, todavia ainda está com o Pai (Jo 8:16, 29: 16:32). Em João 8:29 o Senhor diz: “E Aquele que me enviou está Comigo”, o que indica que o Pai enviou o Filho “de com” Ele. Quando o Filho veio, Ele não deixou o Pai em seu trono no céu. É por isso que a Bíblia nos diz que “Todo aquele que nega o Filho também não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem também o Pai” (1Jo 2:23).
Nossso conceito era de que quando o Filho veio a terra, deixou o Pai sentado no trono. Todos devemos ver que quando o Pai enviou o Filho, O enviou consigo mesmo. O Filho habita em nós (2Co 13:5) e o Pai também (Ef 4:6). O Senhor Jesus disse a Felipe, em João 14:9: “...Quem Me vê, vê o Pai...”  Enquanto o Senhor falava a Felipe, declarava também que o Pai estava Nele e que Ele estava no Pai (14:10). Isto nos mostra que quando temos o Filho, temos também o Pai. Pois, o Filho é o Pai (Is 9:6).
Devemos também, compreender que enquanto o Pai está com o Filho e no Filho, Ele também está no trono. Os dois são distintos, porém não separados. Este é um mistério divino que não podemos entender. Por um lado, os três na Deidade coexistem, e por outro, são coinerentes. Eles habitam mutuamente um no outro e interpenetram um ao outro. A eletricidade nos dá um bom exemplo de tal mistério. A eletricidade que estamos desfrutando em nosso quarto é a mesma eletricidade na central elétrica. Está simultaneamente na central elétrica e também em nosso quarto. De igual modo, Deus o Pai estava dentro de Jesus na terra e ao mesmo tempo Ele estava no trono. Não devemos nos perturbar com isso. Necessitamos compreender que no Deus infinito não há elemento de tempo nem de espaço. Por ser Ele o Deus eterno, Ele está acima do tempo e do espaço e não é limitado por eles.
Pelo Espírito
Lucas 1:35 e Mateus 1:18 e 20 também nos mostram que o Filho veio pelo Espírito. Ele foi concebido pelo Espírito. Este Espírito era o mesmo Espírito de Deus, o Pai; a mesma essência de Deus, o Pai. Quando o Espírito entrou no ventre de María, foi a essência de Deus, o Pai, que entrou na virgem. Esta foi uma concepção divina efetuada no ventre de uma virgem humana. A essência divina foi mesclada com a essência humana para produzir uma criança nascida como um homem-Deus. Isto mostra como o Filho veio com a essência do Pai e pelo Espírito.
Quando era mais jovem, não entendia porque o Senhor necessitava agir pelo Espírito já que Ele era todo poderoso. O Senhor Jesus disse aos fariseus que Ele expulsava demonios pelo Espírito de Deus (Mt 12:28). Ao vir o Filho, Ele veio com o Pai. Ao agir, agia pelo Espírito. O Deus Triúno é um mistério. É um mistério onde o Filho de Deus sendo todo poderoso, necessitou agir pelo Espírito. Nos quatro Evangelhos não vemos o Filho sozinho, mas O vemos com o Pai, pelo Espírito.
Deus Manifestado na Carne
A Trindade se mesclou com a natureza humana. O que foi concebido no ventre de Maria era o Deus completo e o Homem perfeito. O Filho veio com o Pai, pelo Espírito, para ser mesclado com a humanidade, tornando-se um homem-Deus. Este é Deus manifestado na carne (1Tm 3:16). Esta é a encarnação da Palavra e este é o nosso Salvador, Jesus Cristo, que é o Deus Triúno mesclado com o homem. Nele vemos o Pai, o Filho e o Espírito, e Nele vemos um Homem perfeito. Ele é o homem-Deus, a corporificação do Deus Triúno no Homem, Jesus Cristo.

Extraído do livro: A economia de Deus

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

As Profundezas do Novo Testamento


O Novo Testamento nos revela que o Deus Triúno tornou-se carne no Filho com o Pai por meio do Espírito Santo para ser um Homem. Como tal, Ele viveu nesta terra por trinta e três anos e meio, no entanto, Ele não viveu uma vida humana; viveu na vida humana. Ele viveu uma vida divina, a vida de Deus na vida humana. Então morreu na cruz como sete aspectos para por fim a todas as coisas negativas no universo e, para liberar todas as coisas positivas: como o Cordeiro de Deus que morreu para tratar com o nosso pecado e nossos pecados (Jo 1:29; 1Co 15:3); como um Homem na carne (Jo 1:14), morreu na forma de homem caído, na semelhança da carne do pecado (Rm 8:3), para tratar com a carne caída; como um homem na velha criação, morreu para crucificar nosso velho homem (Rm 6:6); Ele morreu também como uma serpente (Jo 3:14) para ferir a cabeça da serpente (Gn 3:15) e destruí-la (Hb 2:14) junto com seu mundo satânico (Jo 12:31), para que todos Seus crentes tivessem a vida eterna (Jo 3:15-16); como o Primogênito de toda a criação (Cl 1:15) morreu na cruz como parte da velha criação para terminar com toda a velha criação; também morreu como o pacificador (Ef 2:14-15) para abolir todas as ordenanças e as diferenças no viver, os costumes e os hábitos entre todo tipo de pessoas. Do lado positivo Ele morreu como um grão de trigo para liberar a vida divina (Jo 12:24). Ele morreu tal morte todo inclusiva na cruz, pela qual limpou todo o universo e liberou a vida divina para que nós a recebêssemos. Depois foi sepultado e ressuscitado. Ele entrou num novo reino, num novo universo, numa nova esfera. Nesta esfera Ele não mais estava na carne, mas tornou-se pneumático. Ele tornou-se o Espírito que dá vida. No final dos quatro Evangelhos tal Pessoa em Sua ressurreição soprou-Se como o Pneumático para dentro de Seus discípulos. Deste modo, Ele veio a ser a própria vida e essência intrínseca dos Seus discípulos. Estas são as profundezas reveladas nos quatro Evangelhos.
De Atos a Judas este Pneumático está sempre com Sua igreja. Ele é o Espírito, como o Filho, com o Pai — a própria consumação do Deus Triúno. Antes de Sua ressurreição, o título “o Pai, o Filho e o Espírito” em Mateus 28:19 nunca havia sido revelado ou usado. Tal título indica que o Deus Triúno foi completado e consumado, e esta consumação é o Espírito todo-inclusivo, composto, que dá vida e que habita interiormente. O Espírito, como o Filho, com o Pai, está em nosso interior para edificar a igreja o Corpo de Cristo como o reino de Deus e o templo de Deus como a casa de Deus.
Por fim, devido a degradação da igreja, este Espírito tem sido sete vezes intensificado. Portanto, em Apocalipse esta Pessoa torna-se os sete Espíritos que procedem do Eterno e do Redentor para ser a intensificação do Deus Triúno na igreja vencedora consumando nos candelabros de ouro nesta era e na Nova Jerusalém na eternidade vindoura para que Deus finalize Sua economia e tenha uma expressão corporativa pela eternidade. Estas são as profundezas da revelação do Novo Testamento. Todos nós devemos penetrar nessas profundezas; caso contrário, permaneceremos superficiais em nossa compreensão da revelação central do Novo Testamento.

Extraído do livro: A economia de Deus

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Apocalipse 1: 4-6

 João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.

Os Sete Espíritos, que procedem do Eterno, do Redentor: a Intensificação do Deus Triúno


Na terceira seção, Apocalipse, vemos que os sete Espíritos procedem do Eterno, dAquele que era, que é, e que há de vir. Os sete Espíritos procedem do Eterno e do Redentor (Ap 1:4-5) para ser a intensificação do Deus Triúno na igreja vencedora, consumando nos candelabros de ouro e na Nova Jerusalém. Esta é a finalização no livro de Apocalipse. A intensificação do Deus Triúno na igreja vencedora se consuma nos candelabaros de ouro nesta era, e na Nova Jerusalém, no novo céu e na nova terra, na eternidade.
O Eterno, Aquele que é, que era e que há de vir, é Jeová no Antigo Testamento. Jeová no Antigo Testamento é revelado em Êxodo 3 como o Deus Triúno, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó (vs. 14-15) Em Apocalipse 1:4-5 “Aquele que é, que era e que há de vir”  é Deus o Pai Eterno. “Os sete Espíritos” que estão diante do trono de Deus são o Espírito operante de Deus, Deus o Espírito. “Jesus Cristo” para Deus é “a Testemunha fiel”, para a igreja é “o Primogênito dos mortos”, e para o mundo é o “Soberano dos reis da terra” (v. 5), é Deus o Filho. Este é o Deus Triúno. Sem dúvida, este relato da Trindade é totalmente diferente do relato revelado em Mateus 28:19, o Pai, o Filho e o Espírito. Somente em Apocalipse 1:4-5, a palavra Espírito é usada no plural: os sete Espíritos. Também, o primeiro da Trindade não é o Pai, mas o Eterno, Aquele que era, o que é, e o que há de vir. Além disso, o Espírito não é o terceiro da Trindade, mas o segundo da Trindade. Deus é o Filho revelado como a Testemunha fiel, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra.
O livro de Apocalipse revela que não há somente um Espírito divino, mas sete. Ambas as igrejas Católica e Protestante respeitam muito o Credo de Nicene. Elas com frequência recitam esse credo em seus serviços dominicais. O Credo de Nicene, no entanto, não inclui este ponto dos sete Espíritos porque quando foi feito o Credo de Nicene (no ano 325) o livro de Apocalipse ainda não havia sido formalmente reconhecido. (Apocalipse foi reconhecido de maneira formal no concilio de Cártago no ano de 397 d. C.).
Os sete Espíritos são revelados no livro de Apocalipse como os sete olhos do Cordeiro (5:6). O Cordeiro é nosso Salvador, Cristo, e os sete Espíritos são o Espírito de Deus. Deste modo, os sete Espíritos são os sete olhos de Cristo. Você pode dizer que seus olhos são uma pessoa e que você é outra pessoa? Isto mostra que o Espírito não pode ser separado de Cristo. Apocalipse nos revela um Cristo observador que tem sete olhos que supervisionam todas as igrejas. Os sete olhos, os sete espíritos de Deus, é o Cristo que supervisiona todas as igrejas na terra e observa a sua verdadeira situação. Para que a igreja vença a era das trevas hoje e a decadência do cristianismo atual, necessitamos do Espírito de Deus sete vezes intensificado.

Os sete Espíritos não somente procedem do Eterno, mas também pertencem ao Redentor porque os sete Espíritos procedem do trono do Eterno e os sete Espíritos são os sete olhos do Cordeiro. Em Apocalipse a Trindade é os sete Espíritos que procedem do Eterno e do Redentor. Esta é a intensificação do Deus Triúno. Agora temos três palavras para descrever o Deus Triúno no Novo Testamento: corporificação, consumação e intensificação. Nos quatro Evangelhos o Deus Triúno corporificado está em Jesus Cristo; de Atos a Judas está o Deus Triúno consumado na igreja; finalmente, em Apocalipse o Deus Triúno é intensificado na igreja vencedora e consumando-se nos candelabros de ouro nesta era e na Nova Jerusalém na eternidade. Este é o livro de Apocalipse, e esta é a finalização da economia de Deus.

Extraído do livro: A economia de Deus

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O Espírito, como o Filho, com o Pai — a Consumação do Deus Triúno


A segunda seção do Novo Testamento fala da mesma Pessoa, o Filho, porém num estágio mais avançado. Nos quatro Evangelhos podemos ver como Deus, o Triúno, se encarnou, isto é, se manifestou na carne. O Deus completo, o Deus da Trindade, tornou-se carne e viveu nesta terra por trinta e três anos e meio. Ele morreu na cruz pelos nossos pecados para efetuar uma redenção plena a nós, e ressuscitou. Primeira Coríntios 15:45b nos diz claramente que o último Adão, Jesus Cristo, tornou-se o Espírito que dá vida por meio da morte e ressurreição. No dia de Sua ressurreição retornou aos Seus discipulos como o Espírito, o “Cristo pneumático”.
O Senhor veio com um corpo ressuscitado (Lc. 24:37-40; 1Co 15:44) ao lugar onde estavam os discípulos, estando a porta fechada. Ele estava ali com o corpo ressuscitado porque mostrou-lhes Suas mãos e o lado. Ele estava ali de maneira pneumática. Em seguida soprou-Se para dentro de Seus discípulos e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20:22). A palavra grega para Espírito é pneuma que pode ser traduzida como espírito, hálito (sopro) ou vento. Na realidade, o Espírito Santo neste versículo deve ser traduzido como Hálito (Sopro) Santo, Pneuma Santo. O Espírito não é uma Pessoa separada do Filho, Jesus Cristo. Como pode o sopro de vocês ser exalado de seu ser para tornar a ser uma segunda pessoa? Isto não é lógico. O sopro é a liberação da essência intrínseca do ser de uma pessoa. O sopro é a essência intrínseca daquele que respira. O Cristo pneumático, o próprio Cristo que é pneuma, retornou aos Seus discípulos no dia da ressurreição e soprou a essência intrínseca de Seu ser para dentro deles. Naquele dia, o Cristo pneumático entrou em Seus discípulos.
Dali em diante, Ele não estava somente entre Seus discípulos, mas também dentro deles para poder treiná-los a se acostumarem com Sua presença invisível. Durante três anos e meio de Seu ministério terrenal, Pedro, João, Tiago e os outros discípulos estavam acostumados com Sua presença visível, porém agora Sua presença se tornou invisível. Os discípulos não estavam acostumados a essa presença invisível, então o Senhor os treinou por quarenta dias. Nesses quarenta dias, Ele aparecia inesperadamente sem que percebessem (Jo 21:4; Lc 24:15-16). Quando os dois discípulos no caminho para Emaús perceberam que era Jesus que estava com eles, Ele desapareceu (Lc. 24:31). Muitas vezes podemos não ter muita percepção de que Jesus o Senhor está conosco. No entanto, muitos santos tem experimentado a aparição do Senhor quando vão a algum lugar ou fazem algo contrário à Sua vontade. Por exemplo, em João 21 vemos que Pedro regressou à sua antiga ocupação, declinando-se ao chamamento do Senhor (Mt 4:19-20; Lc 5:3-11), devido à provação pela necessidade de sobrevivência. Foi quando o Senhor lhes apareceu na praia. Ele nos aparece muitas vezes para nos restringir e para nos  iluminar, afim de manter-nos no caminho que leva à vida.
Desde Sua ressurreição, a presença do Senhor é invisível no Espírito. Suas manifestações ou Suas aparições depois de Sua ressurreição eram para treinar os discípulos a perceberem, desfrutarem e praticarem Sua presença invisível, a qual é mais disponível, prevalecente, preciosa, rica e verdadeira do que Sua presença visível. Esta querida presença Dele era simplesmente “o Espírito” em Sua ressurreição, a qual havia soprado para dentro deles e que estaria com eles todo o tempo.
Nos vinte e dois livros da Bíblia, de Atos a Judas, vemos o Espírito como o Filho. Primeira Coríntios 15:45b nos diz que o último Adão, Jesus Cristo, tornou-se o Espírito que dá vida, e Segunda Corintios 3:17  diz: “O Senhor é o Espírito”.  Nesses vinte e dois livros, a figura principal é o Espírito: o Espírito como o Filho e com o Pai. João 14:23 diz: “Respondeu-Lhe Jesus: Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra; e Meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos morada juntamente com ele”. Isto significa que quando o Filho vem, sempre vem com o Pai. As Epístolas nos dizem claramente que o Espírito é o Filho; Ele está também com o Pai porque o Pai está sempre com o Filho. O Espírito como o Filho e com o Pai é a consumação do Deus Triúno na igreja.

A corporificação do Deus Triúno estava em Jesus Cristo, e a consumação do Deus Triúno está na igreja como o Corpo de Cristo e o templo de Deus. O Corpo de Cristo é o reino de Deus, e o templo de Deus é a casa de Deus a qual Cristo vive. A igreja hoje está vivendo Cristo. Todos estamos vivendo Cristo a cada dia até a plenitude de Deus, a qual é a expressão de Deus, o Deus Triúno. Isto é falado nos vinte e dois livros da Bíblia, de Atos até Judas, como o desenvolvimento. Cristo foi a iniciação a fim de desenvolver-se para o Seu aumento a qual é a igreja, a plenitude do Deus Triúno.

Extraído do livro: A economia de Deus

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O Filho com o Pai, pelo Espírito: a Corporificação do Deus Triúno



O Deus Triúno é revelado no Novo Testamento primeiro como o Filho de Deus em Sua humanidade, Jesus Cristo. Devemos compreender, no entanto, que ao vir o Filho, Ele não veio sozinho, deixando o Pai no trono. Esta é uma ideia errônea, surgida do ensino do triteísmo. Os que tem tal conceito usam Mateus 3:16-17 como base para sua crença. Nesses versículos, o Filho saiu da água, o Espírito desceu sobre Ele e o Pai falou-Lhe. Está claro que esses versículos demonstram que o Pai, o Filho e o Espírito existem simultaneamente. Os triteístas, no entanto, dão demasiada enfase para os três na Trindade, e consideram o Pai como um Deus, o Filho como outro Deus e o Espírito como o terceiro Deus.  Muitos de nós tiveram acesso a este conceito de que há três Deuses, e inclusive agora podemos mante-lo em nosso inconsciente ou subconsciente.
O Novo Testamento revela que quando o Filho de Deus veio, Ele veio com o Pai (Jo 8:29; 16:32). O Filho dizia que nunca estava só nesta terra, porque o Pai estava com Ele todo tempo. O Filho estava com o Pai e pelo Espírito. Mateus 1:18 e 20 nos diz que Maria “achou-se grávida pelo Espírito Santo” (lit.) e “o ente que nela foi [gerado] é do Espírito Santo”. O Espírito Santo era, foi a própria essência divina que constituiu a concepção de Jesus. O Ente que nasceu da virgem Maria e foi chamado de Jesus tinha a essência divina em Seu ser; esta foi a razão pela qual Ele nasceu, não meramente como um homem, mas  como o homem-Deus. Era o Deus completo e o Homem perfeito porque a essência divina era Sua constituição. Portanto, o Filho veio na carne com o Pai e através do Espírito.
Também, o Filho com o Pai, e pelo Espírito vieram para ser a corporificação do Deus Triúno (Cl 2:9). Esta Pessoa é o Deus Triúno corporificado. Não considerem que o Filho estava só, separado do Pai ou do Espírito. Conforme a revelação de toda a Bíblia, o Pai, o Filho e o Espírito coexistem e são co-inerentes desde a eternidade passada até a eternidade futura. Coexistir significa existir juntos ao mesmo tempo. Ser co-inerentes significa existir um dentro do outro, ou seja morar um no outro. Quando o Senhor Jesus disse a Felipe que Ele estava no Pai e que o Pai estava Nele, falava de serem co-inerentes. É fácil mostrar a co-existência de três coisas. Todavia, é mais difícil demonstrar a co-inerência de três coisas. Que maravilhoso é que os três da Deidade coexistem e são co-inerentes de eternidade  a eternidade!
Quando Jesus andava na terra, Ele não estava separado do Pai, tendo deixado o Pai no céu, e Ele não estava separado do Espírito, tendo deixado o Espírito como uma pomba que voava no céu. Ele era o Filho que vivia em Sua humanidade com o Pai e pelo Espírito. O Filho com o Pai e pelo Espírito é a corporificação do Deus Triúno em Jesus Cristo. Isto é confirmado em Colossenses 2:9: “pois Nele habita corporalmente toda a plenitude da Deidade”. A Deidade é o Pai, o Filho e o Espírito. Toda a plenitude da Deidade triuna habitava corporalmente nesse Homem Jesus Cristo; assim,  esse Homem era a corporificação do Deus Triúno como o Filho, com o Pai e pelo Espírito.
Essa corporificação do Deus Triúno é o tabernáculo de Deus e também o templo de Deus. No Antigo Testamento, tanto o tabernáculo com o templo eram tipos de Jesus Cristo. João 1:14 nos diz que a *Palavra tornou-se carne e tabernaculou entre nós. Isso indica que a humanidade de Jesus era um tabernáculo para corporificar Deus. Além disso, em João 2:19 e 21 o Senhor nos diz que o Seu corpo era o templo de Deus. Essa corporificação do Deus Triúno também viveu a vida de Deus. Ele não viveu a vida de nenhuma outra coisa. Ele não viveu a vida de um anjo ou de um bom homem. Ele viveu a vida de Deus porque Ele era a corporificação de Deus. Ele não podia viver nenhuma outra vida, e não tinha vivido nenhuma outra vida. Ele teria que viver a vida única de Deus para que a expressão de Deus se desenvolvesse para ser o reino de Deus. Os quatro evangelhos nos revelam que a vida que vivia essa Pessoa era a vida de Deus. Os quatro Evangelhos também nos remetem frequentemente ao Reino de Deus. Muitos de nós não compreendem a fundo o que é o reino. O reino de Deus é uma Pessoa (Lc. 17:21) e o desenvolvimento desta Pessoa maravilhosa (Mc. 4:3, 26).
Tudo isto é encontrado nos quatro Evangelhos como a iniciação. A palavra iniciação significa ter um começo que introduz toda a situação para dentro de uma nova esfera. Nos quatro Evangelhos há um novo começo, uma nova era e uma nova dispensação. Os Evangelhos são uma iniciação para introduzir toda a situação para uma nova esfera. Os Evangelhos falam do Filho que vive a vida de Deus com o Pai pelo Espírito para ser a corporificação do Deus Triúno em Jesus Cristo como o tabernáculo de Deus e o templo de Deus a fim de evoluir-se para ser o reino de Deus.


Extraído do livro: A Economia de Deus
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*NT - em espanhol usa-se Verbo. Porém, utilizamos a base bíblica conforme a Versão Restauração em português, pois foi traduzida do original grego.