A segunda seção do Novo
Testamento fala da mesma Pessoa, o Filho, porém num estágio mais avançado. Nos quatro
Evangelhos podemos ver como Deus, o Triúno, se encarnou, isto é, se manifestou
na carne. O Deus completo, o Deus da Trindade, tornou-se carne e viveu nesta
terra por trinta e três anos e meio. Ele morreu na cruz pelos nossos pecados
para efetuar uma redenção plena a nós, e ressuscitou. Primeira Coríntios 15:45b
nos diz claramente que o último Adão, Jesus Cristo, tornou-se o Espírito que dá
vida por meio da morte e ressurreição. No dia de Sua ressurreição retornou aos Seus
discipulos como o Espírito, o “Cristo pneumático”.
O Senhor veio com um corpo
ressuscitado (Lc. 24:37-40; 1Co 15:44) ao lugar onde estavam os discípulos,
estando a porta fechada. Ele estava ali com o corpo ressuscitado porque mostrou-lhes
Suas mãos e o lado. Ele estava ali de maneira pneumática. Em seguida soprou-Se para
dentro de Seus discípulos e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20:22).
A palavra grega para Espírito é pneuma que
pode ser traduzida como espírito, hálito (sopro) ou vento. Na realidade, o
Espírito Santo neste versículo deve ser traduzido como Hálito (Sopro) Santo,
Pneuma Santo. O Espírito não é uma Pessoa separada do Filho, Jesus Cristo. Como
pode o sopro de vocês ser exalado de seu ser para tornar a ser uma segunda
pessoa? Isto não é lógico. O sopro é a liberação da essência intrínseca do ser
de uma pessoa. O sopro é a essência intrínseca daquele que respira. O Cristo pneumático,
o próprio Cristo que é pneuma, retornou aos Seus discípulos no dia da
ressurreição e soprou a essência intrínseca de Seu ser para dentro deles.
Naquele dia, o Cristo pneumático entrou em Seus discípulos.
Dali em diante, Ele não estava
somente entre Seus discípulos, mas também dentro deles para poder treiná-los a
se acostumarem com Sua presença invisível. Durante três anos e meio de Seu
ministério terrenal, Pedro, João, Tiago e os outros discípulos estavam
acostumados com Sua presença visível, porém agora Sua presença se tornou
invisível. Os discípulos não estavam acostumados a essa presença invisível,
então o Senhor os treinou por quarenta dias. Nesses quarenta dias, Ele aparecia
inesperadamente sem que percebessem (Jo 21:4; Lc 24:15-16). Quando os dois
discípulos no caminho para Emaús perceberam que era Jesus que estava com eles,
Ele desapareceu (Lc. 24:31). Muitas vezes podemos não ter muita percepção de
que Jesus o Senhor está conosco. No entanto, muitos santos tem experimentado a
aparição do Senhor quando vão a algum lugar ou fazem algo contrário à Sua
vontade. Por exemplo, em João 21 vemos que Pedro regressou à sua antiga
ocupação, declinando-se ao chamamento do Senhor (Mt 4:19-20; Lc 5:3-11),
devido à provação pela necessidade de sobrevivência. Foi quando o Senhor lhes
apareceu na praia. Ele nos aparece muitas vezes para nos restringir e para
nos iluminar, afim de manter-nos no
caminho que leva à vida.
Desde Sua ressurreição, a
presença do Senhor é invisível no Espírito. Suas manifestações ou Suas
aparições depois de Sua ressurreição eram para treinar os discípulos a
perceberem, desfrutarem e praticarem Sua presença invisível, a qual é mais
disponível, prevalecente, preciosa, rica e verdadeira do que Sua presença
visível. Esta querida presença Dele era simplesmente “o Espírito” em Sua
ressurreição, a qual havia soprado para dentro deles e que estaria com eles todo
o tempo.
Nos vinte e dois livros da
Bíblia, de Atos a Judas, vemos o Espírito como o Filho. Primeira Coríntios
15:45b nos diz que o último Adão, Jesus Cristo, tornou-se o Espírito que dá
vida, e Segunda Corintios 3:17 diz: “O
Senhor é o Espírito”. Nesses vinte e
dois livros, a figura principal é o Espírito: o Espírito como o Filho e com o
Pai. João 14:23 diz: “Respondeu-Lhe Jesus: Se alguém Me ama, guardará a Minha
palavra; e Meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos morada juntamente com
ele”. Isto significa que quando o Filho vem, sempre vem com o Pai. As Epístolas
nos dizem claramente que o Espírito é o Filho; Ele está também com o Pai porque
o Pai está sempre com o Filho. O Espírito como o Filho e com o Pai é a
consumação do Deus Triúno na igreja.
A corporificação do Deus Triúno
estava em Jesus Cristo, e a consumação do Deus Triúno está na igreja como o
Corpo de Cristo e o templo de Deus. O Corpo de Cristo é o reino de Deus, e o templo
de Deus é a casa de Deus a qual Cristo vive. A igreja hoje está vivendo Cristo.
Todos estamos vivendo Cristo a cada dia até a plenitude de Deus, a qual é a
expressão de Deus, o Deus Triúno. Isto é falado nos vinte e dois livros da
Bíblia, de Atos até Judas, como o desenvolvimento. Cristo foi a iniciação a fim
de desenvolver-se para o Seu aumento a qual é a igreja, a plenitude do Deus
Triúno.
Extraído do livro: A economia de Deus
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