Expressando o Deus subjetivo

Cristo é nossa vida e suprimento de vida com o propósito de podermos expressar Deus. Este não pode ser expresso por meio do homem de maneira objetiva. Se permanecesse no céu, e não entrasse em nós, nem fosse trabalhado em nosso ser, não poderia ser expresso através de nós. Ele precisava encontrar uma maneira de entrar e ser trabalhado em nós. Só então nosso ser expressaria não a nós mesmos, mas a Deus. Por essa razão, o Deus objetivo, o Deus distante de nós, tornou-se o Deus subjetivo em nosso próprio ser. Por isso o apóstolo Paulo pôde dizer: "Para mim o viver é Cristo" (Fp 1:21). Paulo não afirmou: "Para mim o viver é Saulo de Tarso, um judeu culto"; mas disse: "Para mim o viver é Cristo", porque o próprio Deus em Cristo foi recebido por ele r trabalhado em seu interior. Paulo não expressava a si mesmo, mas ao Cristo que fora trabalhado nele. Esse é o propósito de Deus, e essa é a razão por que Ele nos criou com um espírito e uma alma.

De acordo com a Bíblia, nossa alma é nosso ser, nosso caráter, nossa pessoa. Como pessoa, não fomos destinados a expressar a nós mesmos. Antes, Deus nos destinou a que O expressássemos. Em nossa vida diária e em nosso proceder, não devemos expressar a nós mesmos, mas a Deus. Para O expressar, precisamos primeiramente exercitar o nosso espírito e tomá-Lo para dentro de nós. Depois, precisamos viver um tipo de vida, em nosso ser, pessoa e caráter, que O expresse. Então as pessoas dirão: "Esta pessoa não expressa o modo de viver de um brasileiro; mas expressa a Deus". Para O recebermos, precisamos de um espírito; e, para vivê-Lo e expressá-Lo, precisamos de uma personalidade, que é a nossa alma.

Deus, portanto, criou-nos com um espírito para O recebermos em nós, uma alma para expressa-Lo, e um corpo para nos conter de maneira normal. 

Extraído do livro: O Exercitar do Reino para a Edificação da Igreja.