sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Quatro Estágios Importantes na Jornada da Vida - Parte III

Betel

De Gilgal, agora temos de avançar em nossa jornada até Betel. O que significa o nome Betel? Novamente, descubramos onde, na Bíblia, Betel é mencionado pela primeira vez e, assim, poderemos decifrar o que significa para nós hoje em dia.
Leia, por favor, Gênesis 12:8. Betel era o lugar onde Abraão edificou um altar. Um altar tem o propósito de estabelecer comunicação com Deus quando a pessoa oferece sacrifícios e entrega-se a Ele por inteiro.
Gênesis 12:9-14 relata a descida de Abraão ao Egito. Ali, ele não edificou qualquer altar. Sua comunicação com Deus foi interrompida, e o seu coração de consagração, posto de lado — o que assinala a diferença entre Betel e Egito. Logo, Betel significa tudo o que é contrário ao que o Egito representa.
Gênesis 13:3-4 registra algo muito significativo: "Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai; até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abraão invocou o nome do SENHOR".
Abraão havia perdido a comunhão com Deus enquanto estava no Egito. Contudo, quando voltou ao lugar original, ou seja, Betel, ele invocou, mais uma vez, o nome do Senhor. Apenas na Betel espiritual as pessoas terão comunhão com Deus e se entregarão a Ele.
Por conseguinte, ao passo que Gilgal fala a respeito de vencermos a carne, Betel fala sobre vencermos o mundo, pois, nas Escrituras Sagradas, o Egito representa o mundo.
Vencer o mundo é uma condição para o arrebatamento e para receber o poder do Espírito Santo. Nossa vida deve chegar ao ponto de o mundo ser incapaz de afetar nosso coração. Se nosso coração não vencer completamente o mundo, e, se as pessoas, coisas ou os acontecimentos deste mundo ainda ocuparem lugar dentro de nós, não seremos capazes de atingir nosso objetivo.
No Egito, não era normal haver fome; todavia, quando havia, sobravam apenas os velhos grãos para sustentar os moradores. Contudo, em Canaã, parecia ocorrer fome com frequência. Espiritualmente falando, isso indica que, no mundo, há pouca ou nenhuma fome, pois aquele que vive no mundo não apenas está no mundo, mas também pertence ao mundo.
Porém, para as pessoas que vivem em obediência a Deus, às vezes haverá fome, pois, pela comparação, há pouca ou nenhuma tentação no mundo, ao passo que no caminho da obediência podem existir muitas tentações. Entretanto, esse é o caminho para o poder, para o arrebatamento. Ainda que a tentação seja grande, sempre há livramento com Deus (veja 1 Co 10.13).
Logo, sejamos vigilantes e fiéis. Se não formos cautelosos, voltaremos ao Egito, onde não existem consagração ou comunhão com Deus. Permanecer no Egito, ainda que temporariamente  significa pecar durante certo tempo. Deve ser muito patético e digno de dó alguém "fixar resi­dência" permanente ali. Embora a pessoa possa até evitar a tentação, não existe altar no Egito.
Algumas pessoas são semelhantes a Abraão, que não foi diretamente ao Egito. Primeiro, ele rumou para o Oriente, que era na direção do Egito, embora não houvesse ainda chegado ao Egito. Estar no Oriente pode ser descrito espiritualmente como pertencer metade ao mundo e metade a Deus. No entanto, no Oriente também não existe altar: não há comunhão com Deus. Betel, por sua vez, é um local completamente separado,  não se trata do Egito do mundo nem do Oriente da aceitação carnal.
Calcula-se que entre dois e três milhões de israelitas saíram do Egito, ainda que Deus não tenha permitido que nenhum deles edificas­se um altar no Egito. Para que esses israelitas servissem a Deus de verdade, era preciso que partissem do Egito e viajassem durante três dias (Êx 8.25-27)! No Egito, eles poderiam realizar a Páscoa, pois Deus os havia libertado do castigo do pe­cado que era a morte. Porém, para que estives­sem sob o nome do Senhor e O adorassem, precisavam abandonar o Egito.

Extraído do livreto: Quatro Estágios Importantes na Jornada da Vida


Nenhum comentário:

Postar um comentário