sábado, 1 de fevereiro de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA


Leitura da Bíblia Apocalipse 3:33, 7,18-19


A primeira coisa que todos devem saber ao ler Apocalipse é que tipo de livro ele é. Todos sabem que um livro de profecias, mas se perguntarmos se as sete Igrejas são proféticas, não ouso responder. Os capítulos de 1 a 22 mostram-nos que a característica especial de Apocalipse é que ele é, em natureza, um livro de profecia. Não apenas são proféticos os sete selos, as sete trombetas, as sete taças, mas até mesmo as sete cartas também são proféticas. Este livro é um livro de profecias; esta é a razão porque ninguém ousa acrescentar qualquer coisa a ele, nem é permitido a ninguém retirar algo dele.  Desde que ele é um livro de profecias, devemos tratá-lo como profecia e descobrir o cumprimento de sua profecia. A natureza deste livro de Apocalipse, se deve prestar a atenção, é primeiramente profecia; em segundo lugar, desde que seja profecia, ela será cumprida. Na Ásia, nesta época, havia mais que sete Igrejas. Então, por que João mencionou apenas estas sete? Quando ele estava na Ilha de Patmos, ele viu somente estas coisas, estas sete Igrejas, porque estas sete representam todas as outras. Deus escolheu sete Igrejas que tinham características de mutua afinidade e colocou a profecia sobre elas.
Na terra há sete Igrejas; no céu também há apenas sete candeeiros. Mas aqui está o problema: sempre que há uma Igreja nesta terra, há um candeeiro no céu. O estranho é que João viu apenas sete candeeiros no céu. Havia então, apenas sete Igrejas na terra? Parece que a Igreja em Tchankin foi excluída, e a Igreja em Naquim também foi excluída. Que faremos?  Esta é a razão pela qual devemos lembrar-nos de que isto é uma profecia. Desde que é profecia apenas sete igrejas foram selecionadas. Estas sete Igrejas são representantes de todas as outras Igrejas; não há número oito para ser representado. Há mais de sete Igrejas na terra, mas essas sete estão selecionadas como as representantes. Há somente sete candeeiros no céu, porque a história das sete Igrejas constitui a historia completa da Igreja.
 Devemos dar especial atenção a palavra do capitulo 1: “Bem-Aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nelas escritas” (v.3).  Novamente no capitulo 22: “Bem-Aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro” (v.7). Portanto, podemos dizer que esta profecia são os mandamentos de Deus. Embora exteriormente este livro esteja revestido com profecia, com tudo, interiormente é o mandamento de Deus. Este é um livro para praticar, não para estudar. A profecia aqui difere de outras profecias; ela é para o homem guardar. Entre João e nós há um princípio comum, qual seja, essa profecia é para guardarmos – para guardarmos do inicio ao fim. Aqueles que não querem guardá-la, como podem entender Apocalipse? Como podem entender as sete Igrejas?
Os capítulos 2 e 3 de Apocalipse iniciam com a revelação do Senhor Jesus. Aqui vemos o Senhor “com vestes talares”.  Os Sacerdotes vestiam vestes longas; aqui, o Senhor é um Sacerdote. O Candeeiro está no lugar santo, a luz dele nunca se extinguirá. Sua luz arderá dia e noite; por esta razão, o Sacerdote continuamente, espevita e adiciona o óleo ao candeeiro no santo lugar. O Senhor Jesus é o Sacerdote que anda no meio das Igrejas para ver qual lâmpada está acesa e qual não está. O espevitamento é o julgamento, porque o julgamento começa na casa de Deus. Cristo anda no meio das Igrejas fazendo a Obra de Julgamento, e o julgamento de hoje é visto durante toda a eternidade.
Outrora nós O vimos como o Senhor da Graça; agora, vemo-lo como o Senhor do julgamento. Mas o julgamento aqui é julgamento de um Sacerdote, porque ainda é o espevitamento. Naquele dia, será unicamente julgamento. Cada um dos filhos de Deus deve um dia encontrar-se com o temor e a santidade de Deus; então não mais argumentarão. A luz extermina todas as justificativas – ela não apenas ilumina; ela também mata. A iluminação em cada parte da Bíblia mata a vida natural do homem. Os homens podem ter muitas razões, mas diante do Senhor todas se vão; todos os homens cairão como mortos no chão, exatamente como João. Quanto mais longe do Senhor uma pessoa está, maior é sua autoconfiança; mas lhe é impossível suportar a luz de Deus. Devemos ser tratados por Deus pelo menos uma vez.
 Deus hoje esta chamando os vencedores para que levantem e andem de acordo com o padrão normal do inicio. À vontade de Deus nunca muda; ela é como uma linha reta. Hoje os homens caem, falham, e continuamente decaem; mas os vencedores são restaurados mais e mais na vontade de Deus.
Em Apocalipse 1: 11-17, vemos mais duas questões: uma, é que a Igreja é o candeeiro de ouro, e o Senhor anda no meio dos candeeiros; a outra é que o Senhor segura as sete estrelas em sua mão direita, que são os anjos das sete Igrejas.
 Em Apocalipse 2 e 3, observamos que as epístolas foram escritas aos anjos das sete Igrejas, não diretamente as Igrejas; todavia foram palavras faladas pelo Espírito Santo as Igrejas. As sete estrelas são os anjos das sete Igrejas. A palavra “anjos” em grego é “angelos”. 
João escreveu Apocalipse em 95 ou 96 d.C., Época em que Domiciano era o Cezar de Roma. Dos doze apóstolos João foi o último a morrer. Quando João estava escrevendo, as sete cartas eram profecia. Hoje, quando as lemos, também devemos tomá-las como profecia; todavia, quando as consideramos hoje, elas já se tornaram história. João estava olhando para frente, enquanto nós estamos olhando para trás. Nesta série de postagens examinaremos, uma por uma, as sete Igrejas nas sete Epístolas.

Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja


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