A
respeito de Cristo como o Filho de Deus há dois aspectos: o aspecto de ser o
Filho unigênito de Deus e o aspecto do ser o Filho primogênito de Deus. Na
eternidade, Cristo era o Filho unigênito de Deus (Jo 1:18; 3:16, 18; 1Jo 4:9).
Cristo era o único Filho de Deus. Além Dele não havia outros filhos de Deus.
Como, então, pode haver os muitos filhos de Deus? Para responder esta pergunta
precisamos considerar a encarnação, crucificação e ressurreição de Cristo. Um
dia Cristo, o Filho unigênito de Deus na eternidade, foi encarnado para ser um
homem. Na cruz Ele morreu uma morte todo-inclusiva, vicária, e então Ele entrou
em ressurreição. Em ressurreição e por meio da ressurreição Ele nasceu para ser
o Filho primogênito de Deus. Como o Filho unigênito de Deus na eternidade,
Cristo não tinha humanidade; Ele só tinha divindade. Então, antes da Sua
ressurreição Ele era somente o Filho de Deus na Sua divindade. Isto é singular.
Mas por meio da Sua encarnação Ele entrou na humanidade e assumiu a natureza
humana como parte do Seu ser. Porém, Ele não foi designado Filho de Deus na Sua
humanidade (Rm 1:4) até a Sua ressurreição. Esta é a razão de Paulo dizer em
Atos 13:33, “Deus cumpriu plenamente esta promessa a nós, filhos deles,
ressuscitando Jesus, como também está escrito no Salmo segundo, “Tu és Meu
Filho; Eu hoje Te gerei.“ Este versículo indica que a ressurreição foi um
nascimento para o homem Jesus. Ele foi gerado de Deus em Sua ressurreição para
ser o Filho primogênito entre muitos irmãos (Rm 8:29). Isto significa que, além
de ser o único, o Filho unigênito de Deus desde a eternidade, Cristo, depois da
encarnação e por meio da ressurreição, foi gerado de Deus na Sua humanidade
para se tornar o Filho de Deus num outro sentido, no sentido de ser o Filho
primogênito de Deus.
Os
Muitos Filhos
Extraído do livro: Estudo-vida de Oséias
Nenhum comentário:
Postar um comentário