domingo, 26 de agosto de 2012

ORAR SEGUNDO A VONTADE DE DEUS [Parte I]


O primeiro ponto que se deve notar é que aquele que ora verdadeiramente é uma pessoa que não somente vai a Deus com freqüência, mas também cuja vontade freqüentemente encaixa-se na vontade de Deus – quer dizer, seu pensamento muitas vezes entra no pensamento de Deus. Este é um princípio muitíssimo importante da oração.
Há um tipo de oração que se origina inteiramente de nossa necessidade. Embora, às vezes, o Senhor ouça a tais orações, Ele, não obstante, pouco ou quase nada delas aproveita. Por favor, preste atenção a este versículo: “Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106:15). Que significa esta passagem? Ao Israel clamar a Deus pela gratificação de Sua avidez, Ele respondeu-lhes dando o que pediram, entretanto, o resultado foi que se enfraqueceram perante Ele. Oh, sim, às vezes Deus ouve e responde as nossas orações somente para satisfazer nossas necessidades, ainda que Sua divina vontade não se realize.  Que compreendamos que este tipo de oração não tem muito valor.
Mas há outro tipo de oração que procede da própria necessidade de Deus. É de Deus e se inicia em Deus. E tal oração é de valor incalculável. A fim de ter tal tipo de oração à pessoa que ora não somente tem de aparecer com freqüência pessoalmente perante Deus, mas também tem de permitir que sua vontade se perca na vontade de Deus, seu pensamento deve perder-se no pensamento de Deus. Por viver na presença do Senhor, tal pessoa pode conhecer Sua vontade e pensamentos. E estas vontades e pensamentos divinos tornam-se seus próprios desejos, que então ela expressa em oração.
Oh, como devemos aprender este segundo tipo de oração! Embora sejamos imaturos e fracos, podemos não obstante achegar-nos a Deus e deixar que Seu Espírito leve nossa vontade para a vontade de Deus e nosso pensamento para o pensamento de Deus. Ao nos apropriarmos um pouco de Sua vontade e pensamento compreendemos um pouco mais como opera o Senhor e o que requer de nós. De modo que, gradativamente, a vontade e o pensamento de Deus, que conhecemos e que fazem parte de nós, transformam-se em nossa oração. E tal oração é de grande valor.

Extraído do livro: Oremos

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