A amada de
Cristo é transformada pelo trabalhar do Espírito (Cântico dos Cânticos 1:9-16a;
2:1-3a). O Espírito é composto, todo-inclusivo, sete vezes intensificado, que
dá vida, e é o Espírito interior que é a consumação do Deus Triúno consumado.
Este Espírito é de fato o próprio Senhor que faz a obra de transformação em nós. A transformação
envolve um processo metabólico pelo qual o Espírito nos transforma. Esta
transformação metabólica está entrando agora dentro de nós na vida da igreja.
A. A amada de Cristo Está
sendo Transformada de uma Pessoa de Natureza Forte em uma Pessoa Que
Confia Nele e Olha para Ele com um Olhar Singelo
A amada de
Cristo está sendo transformada de uma pessoa de natureza forte (uma égua das
carruagens de Faraó — vv. 1:9) em uma pessoa que vive uma vida não confiando
nela, mas confiando Nele (lírio — 2:1-2; Mat. 6:28) e olha para Ele com um olhar
singelo (olhos como de pombas — Cântico dos Cânticos 1:15b; Mat. 10:16). No
princípio, a amada de Cristo é naturalmente forte, como uma égua nas carruagens
de Faraó, mas gradualmente ela é transformada em um lírio, alguém que não é mais
cheio de força natural, mas está cheio de vida. Tal pessoa transformada olha agora
para o Senhor com um olhar singelo. Seu alvo, seu objetivo, é Aquele a quem ela
ama.
B. O Amado Apreciando a
Beleza Dela em Submissão a Ele
"Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço, com os
colares" (Cântico dos
Cânticos 1:10). Aqui o Amado aprecia a beleza dela em submissão a Ele (faces
formosas com enfeites de ornamentos) é a beleza dela em obediência a
transformação do Espírito (pescoço com enfeites de jóias). A expressão desta amada
de Cristo é cheio de submissão seguida por obediência. Quando nós nos submetermos
ao Senhor, nós O obedeceremos seguramente.
C. A Transformação do Espírito
e os Seus Companheiros Adornando-A com a Constituição da Vida de Deus pela Obra
Redentora de Cristo
"Enfeites de ouro te faremos, com incrustações de prata" (v. 11). O Espírito transformando
e os companheiros da amada (nós) adornando-a com a constituição da vida de Deus
(enfeites de ouro) pela obra redentora de Cristo (cravos de prata). A natureza
de Deus e a redenção de Cristo são reunidas pelo Espírito e os companheiros
para ser o adorno dela. O Espírito nos transforma, mas o Espírito precisa de
nossos companheiros para ser Seus ajudadores. Se nós percebermos isto, nós louvaremos
o Senhor Espírito que tem nos dado muitos companheiros para ser Seus auxiliares
em nos transformar.
D. À Mesa Onde Cristo está
Festejando com a Sua Amada, o Amor Dele por Ela Espalha Sua Fragrância
“Enquanto o rei
está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume (v. 12)”. À mesa
onde Cristo está festejando com a Sua amada (o rei à sua mesa), o amor dela (o
nardo) para com Ele espalha sua fragrância (cf. João 12:1-3). Na vida da igreja
os pequenos grupos estão freqüentemente banqueteando com o Senhor como convi-dado
invisível. Na edificação dos grupos vitais, aqueles que amam Cristo espalham a
fragrância agradável deles espon-taneamente para Cristo.
E. Ela Desfrutando-O
Reservadamente na Sua Morte e
Abraçando Seu Amor e Fé
"O meu amado é para mim um saquitel de mirra, posto entre os meus seios. / Como um racimo
de flores de hena nas vinhas de En-Gedi, é para mim o meu amado" (Cânticos dos Cânticos 1:13-14).
Nestes versos nós vemos que ela O desfruta reservadamente (à noite) na Sua morte
(um saquitel de mirra) abraçando com amor e fé (1 Tim. 1:14; 1 Ts. 5:8). Todo
aquele que ama Cristo é cheio de fé e amor e O abraça com fé e amor. Além disso,
ela O desfruta publicamente na Sua ressurreição (um ramalhete de flores de
hena) nas igrejas (vinhedos) de Cristo como a fonte de redenção (En-gedi — “a
fonte do cordeiro)”. Nas igrejas Cristo cresce como um ramalhete de flores de
hena. Nas igrejas há também uma fonte de redenção. A igreja é molhada
continuamente pela fonte da redenção de Cristo. Disto nós vemos que uma parte
principal de nossa vida espiritual está relacionada à vida da igreja.
F. Ele Aprecia a Beleza do
Olhar Dela por Ele com um Olhar Singelo pelo
Espírito
"Eis que és formosa, ó querida minha, eis que és formosa; os teus olhos
são como os das pombas".
(Cântico dos Cânticos 1:15). Ele aprecia a beleza do olhar dela para Ele com um
olhar singelo pelo Espírito (olhos como de pombas — v. 15). O primeiro aspecto
notável de nossa beleza na visão do Senhor Jesus é nosso olhar singelo para
Ele. Pelo Espírito nós olhamos para Ele com um olhar singelo.
G. Ela aprecia a Beleza Dele
em Sua Docilidade
O Amado e a amada
apreciam um ao outro. "Como és formoso,
amado meu, como és amável!"
(v. 16a). Neste verso ela aprecia a beleza Dele em Sua amabilidade.
H. Ela Se Humilha
Percebendo que É um Pequeno Ser
"Eu sou
uma rosa de Sarom, / O lírio dos vales" (2:1). A palavra para rosa neste
verso refere-se a uma rosa selvagem, menosprezada na terra de Judéia. Aqui a
humildade da amada leva-a perceber que é um pequeno ser, mas que por um lado,
vive uma vida bela, porém desprezada (rosa) no mundo comum (Sarom, que significa
"planície"), e por outro lado uma vida pura e confiante (lírio) nos lugares
baixos (vales). Este era o seu humilde reconhecimento e percepção a respeito de
si mesma.
I. Ele Aprecia com Amor Aquela
Que Vive uma Vida Pura
e Confiante
"Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha querida entre as donzelas" (v. 2). Aqui Ele a aprecia como o Seu
amor (Sulamita) entre as dozelas (Tg 4:4) que vive uma vida pura e confiante (lírio)
no meio de pessoas imundas e incrédulas (espinhos).
J. Ela O Aprecia como uma Fonte
de Rica Provisão Que A Supre
de um Modo Oportuno
"Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os
filhos" (Cântico dos
Cânticos 2:3a). Aqui ela O aprecia como uma fonte de rica provisão (macieira)
que a supre de um modo oportuno. A amada e o Amado ambos têm beleza, e eles
apreciam a beleza um do outro. Isto nos mostra que a transformação produz uma apreciação
mútua entre Cristo e Sua amada.
Extraído do Estudo-Vida de Cântico dos Cânticos
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