quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

TRANSFORMADO PELO TRABALHAR DO ESPÍRITO


A amada de Cristo é transformada pelo trabalhar do Espírito (Cântico dos Cânticos 1:9-16a; 2:1-3a). O Espírito é composto, todo-inclusivo, sete vezes intensificado, que dá vida, e é o Espírito interior que é a consumação do Deus Triúno consumado. Este Espírito é de fato o próprio Senhor que faz a obra de transformação em nós. A transformação envolve um processo metabólico pelo qual o Espírito nos transforma. Esta transformação metabólica está entrando agora dentro de nós na vida da igreja.

A. A amada de Cristo Está sendo Transformada de uma Pessoa de Natureza Forte em uma Pessoa Que Confia Nele e Olha para Ele com um Olhar Singelo

A amada de Cristo está sendo transformada de uma pessoa de natureza forte (uma égua das carruagens de Faraó — vv. 1:9) em uma pessoa que vive uma vida não confiando nela, mas confiando Nele (lírio — 2:1-2; Mat. 6:28) e olha para Ele com um olhar singelo (olhos como de pombas — Cântico dos Cânticos 1:15b; Mat. 10:16). No princípio, a amada de Cristo é naturalmente forte, como uma égua nas carruagens de Faraó, mas gradualmente ela é transformada em um lírio, alguém que não é mais cheio de força natural, mas está cheio de vida. Tal pessoa transformada olha agora para o Senhor com um olhar singelo. Seu alvo, seu objetivo, é Aquele a quem ela ama.
  

B. O Amado Apreciando a Beleza Dela em Submissão a Ele

"Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço, com os colares" (Cântico dos Cânticos 1:10). Aqui o Amado aprecia a beleza dela em submissão a Ele (faces formosas com enfeites de ornamentos) é a beleza dela em obediência a transformação do Espírito (pescoço com enfeites de jóias). A expressão desta amada de Cristo é cheio de submissão seguida por obediência. Quando nós nos submetermos ao Senhor, nós O obedeceremos seguramente.

C. A Transformação do Espírito e os Seus Companheiros Adornando-A com a Constituição da Vida de Deus pela Obra Redentora de Cristo

"Enfeites de ouro te faremos, com incrustações de prata" (v. 11). O Espírito transformando e os companheiros da amada (nós) adornando-a com a constituição da vida de Deus (enfeites de ouro) pela obra redentora de Cristo (cravos de prata). A natureza de Deus e a redenção de Cristo são reunidas pelo Espírito e os companheiros para ser o adorno dela. O Espírito nos transforma, mas o Espírito precisa de nossos companheiros para ser Seus ajudadores. Se nós percebermos isto, nós louvaremos o Senhor Espírito que tem nos dado muitos companheiros para ser Seus auxiliares em nos transformar.

D. À Mesa Onde Cristo está Festejando com a Sua Amada, o Amor Dele por Ela Espalha Sua Fragrância

“Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume (v. 12)”. À mesa onde Cristo está festejando com a Sua amada (o rei à sua mesa), o amor dela (o nardo) para com Ele espalha sua fragrância (cf. João 12:1-3). Na vida da igreja os pequenos grupos estão freqüentemente banqueteando com o Senhor como convi-dado invisível. Na edificação dos grupos vitais, aqueles que amam Cristo espalham a fragrância agradável deles espon-taneamente para Cristo.

E. Ela Desfrutando-O Reservadamente na Sua Morte             e Abraçando Seu Amor e Fé

"O meu amado é para mim um saquitel de mirra, posto entre os meus seios. / Como um racimo de flores de hena nas vinhas de En-Gedi, é para mim o meu amado" (Cânticos dos Cânticos 1:13-14). Nestes versos nós vemos que ela O desfruta reservadamente (à noite) na Sua morte (um saquitel de mirra) abraçando com amor e fé (1 Tim. 1:14; 1 Ts. 5:8). Todo aquele que ama Cristo é cheio de fé e amor e O abraça com fé e amor. Além disso, ela O desfruta publicamente na Sua ressurreição (um ramalhete de flores de hena) nas igrejas (vinhedos) de Cristo como a fonte de redenção (En-gedi — “a fonte do cordeiro)”. Nas igrejas Cristo cresce como um ramalhete de flores de hena. Nas igrejas há também uma fonte de redenção. A igreja é molhada continuamente pela fonte da redenção de Cristo. Disto nós vemos que uma parte principal de nossa vida espiritual está relacionada à vida da igreja.

F. Ele Aprecia a Beleza do Olhar Dela por Ele com um Olhar Singelo pelo Espírito

"Eis que és formosa, ó querida minha, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas". (Cântico dos Cânticos 1:15). Ele aprecia a beleza do olhar dela para Ele com um olhar singelo pelo Espírito (olhos como de pombas — v. 15). O primeiro aspecto notável de nossa beleza na visão do Senhor Jesus é nosso olhar singelo para Ele. Pelo Espírito nós olhamos para Ele com um olhar singelo.

G. Ela aprecia a Beleza Dele em Sua Docilidade

O Amado e a amada apreciam um ao outro. "Como és formoso, amado meu, como és amável!" (v. 16a). Neste verso ela aprecia a beleza Dele em Sua amabilidade.

H. Ela Se Humilha Percebendo que É um Pequeno Ser

"Eu sou uma rosa de Sarom, / O lírio dos vales" (2:1). A palavra para rosa neste verso refere-se a uma rosa selvagem, menosprezada na terra de Judéia. Aqui a humildade da amada leva-a perceber que é um pequeno ser, mas que por um lado, vive uma vida bela, porém desprezada (rosa) no mundo comum (Sarom, que significa "planície"), e por outro lado uma vida pura e confiante (lírio) nos lugares baixos (vales). Este era o seu humilde reconhecimento e percepção a respeito de si mesma.

I. Ele Aprecia com Amor Aquela Que Vive uma Vida Pura e Confiante

"Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha querida entre as donzelas" (v. 2). Aqui Ele a aprecia como o Seu amor (Sulamita) entre as dozelas (Tg 4:4) que vive uma vida pura e confiante (lírio) no meio de pessoas imundas e incrédulas (espinhos).

J. Ela O Aprecia como uma Fonte de Rica Provisão Que A Supre de um Modo Oportuno


"Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos" (Cântico dos Cânticos 2:3a). Aqui ela O aprecia como uma fonte de rica provisão (macieira) que a supre de um modo oportuno. A amada e o Amado ambos têm beleza, e eles apreciam a beleza um do outro. Isto nos mostra que a transformação produz uma apreciação mútua entre Cristo e Sua amada. 

Extraído do Estudo-Vida de Cântico dos Cânticos

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