sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Série: A ORTODOXIA DA IGREJA

IGREJA EM PÉRGAMO [Parte III]
Apocalipse 2:12-17

         A obra de Balaão é unir o mundo com a igreja. A necessidade de Constantino no exaltar é o ensinamento de Balaão. Nada é mais difícil do que impedir que a obra de Balaão entre. Hoje, todos os filhos de Deus querem ser grandes, querem ter mais e não querem prestar atenção à santidade e pureza. Então, eles se entregam aos pecados, aos ensinamentos de Balaão e consentem que o nome do Senhor seja negado.
         O Senhor, aqui, menciona especialmente Balaão. Balaão foi o primeiro a ganhar dinheiro a ganhar dinheiro com seus dons. Há diversos lugares no novo testamento que mencionam Balaão. A Segunda Epístola de Pedro diz que Balaão foi alguém que amou o prêmio da injustiça. Judas diz que Balaão foi alguém que buscou gananciosamente a remuneração. Consideremos isto. Você acha que seria possível a igreja em Corinto convidar Paulo, e ainda discutir, primeiro, a questão da remuneração? Você acha que a igreja em Jerusalém assinou um contrato com Pedro por certa quantia de pagamento anual? Não podemos absolutamente conceber tais coisas acontecendo. Originalmente, aqueles que trabalhavam para Deus dependiam de Deus para seus sustento; eles não pediam nada dos homens e não aceitavam dinheiro dos gentios (3 Jo 7). Mas, durante a época de Constantino, todos os que serviam a Deus recebiam salário da tesouraria estatal. Foi um pouco depois do ano 300 d.C. que esta prática começou. Se perguntasse aos apóstolos daquele tempo: “Quanto você recebe de salário por mês”?, isso seria um absurdo. Mas hoje essa condição tornou-se comum. Se confiamos em Deus, então vamos trabalhar para Ele; se não confiamos em Deus, então não vamos trabalhar. Precisamos prestar especial atenção a essa questão diante do Senhor.
         Logo a seguir, são mencionados novamente os nicolaítas. “Outrossim, também” – estas duas palavras formam um elo com as palavras anteriores. O Senhor expressou sua rejeição pelos ensinamentos dos nicolaítas. Na Bíblia, o próprio Deus tem estabelecido  aquilo com que a igreja deve parecer-se. Lemos em Mateus 20: 25-28: “Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será o vosso servo; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos”. A igreja é estabelecida pelo Senhor, e principais e maiorais não são permitidos; não deve haver tal classe. O Senhor diz que quem quiser, ser grande, seja servo; quem é o servo, este é o grande. Grandeza não é decidida sobre a base da posição, mas sobre a base do serviço. Em Mateus 23:8-11 isso está ainda mais evidente. O principio básico da Igreja é: Todos são irmãos não há rabinos, nem mestres nem padres.
         Quando Constantino aceitou o cristianismo, os ensinamentos de Balaão aconteceram e os ensinamentos dos nicolaítas apareceram. Vemos aqui o sistema dos padres. Entre os muitos padres, o que está acima de todos eles é o papa. Ao beijar-se seus pés deve-se clamar: “Meu Senhor”. Ao mesmo tempo, há oficiais graduados no Vaticano, bem como muitos embaixadores, representando seus países, e ministros. Há reis e oficiais graduados há os que são denominados padres e os denominados rabis. Este é o ensinamento dos nicolaítas que temos visto. Por essa razão, aqueles que têm posição e reputação no mundo devem ser cuidadosos para não trazer as coisas do mundo para a igreja. Se você não consegue chamar de irmão a pessoa humilde sentada ao seu lado, algo está errado com você. Quando você está sentado entre os irmãos e irmãs, e não consegue ser um irmão ou irmã,  então os nicolaítas aparecem. A palavra laos na palavra grega original Nikaolaos não somente significa laicato (povo comum), mas também significa leigo, em contraste com entendidos e especialistas. Por exemplo, quando um carpinteiro encontra outro carpinteiro, eles são do mesmo ramo e ambos entendidos. Quando ele encontra alguém que não é carpinteiro, ele o chama de leigo, alguém fora do ramo. Nicolaítas significa conquistar os leigos, o que significa que há um grupo de pessoas que são os entendidos, homens dentro do ramo, enquanto o restante são os leigos, os homens fora do ramo. O Senhor diz que Ele é contra isso.

Extraído do livro: A ortodoxia da Igreja




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